Mangostim, tipo de fruta asiática, ganha espaço no sul da Bahia

Fruta, também conhecida como mangustão, está em período de colheita. Município de Una é responsável por 80% da safra baiana.

É na colônia do município de Una, no sul da Bahia, que vivem 12 produtores rurais descendentes de japoneses, que são responsáveis por 80% da produção de mangostim de todo o estado.

Jyuan Kato nasceu aqui e herdou do pai o desejo de plantar o fruto, também conhecido como mangustão. A fruta, de origem asiática, é considerada uma das mais saborosas do mundo e tem o gosto parecido com o da jabuticaba.

O mangustão chegou ao Brasil na década de 30 e é cultivado, principalmente, nos estados da Bahia e Pará. O fruto se adapta bem em áreas onde o clima é quente e úmido com chuvas distribuídas durante o ano.

A fruta, que já chegou a alcançar preços de R$ 7 a unidade, hoje chega a ser vendida na região sul a R$ 5 o quilo.

Jyuan é produtor há 10 anos, quando foram plantadas as primeiras mudas. Este será o segundo ano de colheita, já que o mangustanzeiro demora de 10 a 12 anos para produzir. O agricultor está mais otimista agora porque a safra está bem melhor. Ano passado, a produção rendeu 225 quilos da fruta, o que corresponde a 150 caixas. Este ano, o produtor pretende colher o dobro.

Mas apesar da boa safra, os produtores continuam preocupados com um fungo ainda desconhecido e que vem matando os pés desde 2004. O fungo ataca a raiz e mata a planta em poucos meses. Em uma propriedade de 17 hectares foram eliminadas, só este ano, nove árvores.

A colheita é feita com cuidado em uma espécie de coador. Do campo, as frutas são armazenadas em depósitos e cada produtor tem o seu. A fazenda de Jyuan tem 1.700 pés é a que mais produz: 15 mil caixas por ano. Há todo um cuidado especial na hora de embalar.

Duas vezes por semana o caminhão é carregado de frutas colhidas nas fazendas de todos os produtores japoneses da colônia. Grande parte da produção abastece o estado de São Paulo, onde cada caixa com nove a 16 frutas chega a ser vendida a R$ 30 dependendo da safra.

 

Fonte: Globo Rural

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