Hoje, vinte um de dezembro de 2021, penso em mais um verão e sei que posso estar em uma casa ou numa praia mas o infinito está comigo. Muitos querem se emaranhar com as festas coloridas e animadas do verão, num emaranhado que pode ser excitante, até divertido. A semente de vício que está no sangue de muitos para bebida também aflora. Turbilhão de mundanidade que não correspondem, as exigências espirituais estão nestas festas.
Estes dias de verão são uma constante, de um mundo inconsciente e belo. Dias ensolarados e surpreendentemente quentes. Observo o deslocar, de turista pela cidade, mesas de barzinhos creias, um fulgor dourado no ar. É como se apertasse um botão invisível e a alegria fosse triplicada encontrando o momento perfeito. A variante Omicron atrapalha a respiração de um ar fresco e limpo pelo uso da máscara, mas olhar esta estação como um sonhador reconhecendo a realidade como uma forma da ilusão, e a ilusão como uma forma da realidade, é igualmente necessário para momentos felizes.
Esta força secreta que invade os momentos no verão saia de súbito produzindo um instante livre, novo, solto em si mesmo, vamos resfrutar deste verão como nada mais que uma possibilidade, nada mais que um desejo, e de repente, ser realização, ser verão, ter sol.