Quando ia ao circo, gostava das apresentações do mágico, apesar de saber que a maioria preferia os malabaristas, palhaços e equilibristas. Eles são mestres em criar ilusões e exibir imagens que parecem desafiar a lógica e a física. Fazem com que objetos desapareçam, reapareçam, flutuem ou mudem de forma. Depois de ler sobre mágicos, descobri que geralmente usam uma combinação de habilidades manuais, técnicas de palco, iluminação, efeitos sonoros e até hipnose. A maioria, porém, tem como principal ferramenta o conceito de “enquanto”. Normalmente, desviam o olhar do espectador para uma determinada atividade enquanto realizam outra, responsável pela façanha impossível. Os ilusionistas podem fazer duas ou três coisas ao mesmo tempo, mas nossos olhos lentos raramente conseguem acompanhar essas operações simultâneas. Quanto mais usamos a razão, procurando compreender o roteiro do truque, menos seremos capazes de perceber os movimentos de fundo utilizados pelo mágico.
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