A verdade de uma mãe fica além das margens de destruição e dor deste mundo angustiante, é o nosso beija-flor sobrevoando sempre nossa vida, é o cordão umbilical que nos liga a verdade do amor, não nos deixando correr o risco de nos perdermos em qualquer despenhadeiro do vasto universo. Nunca deixa de amar sua cria, faz de sua vida a felicidade do filho, esta é a sua essência.
Entre estes dois extremos – o nascimento e a morte – vai construindo o novo ser, quando
a chuva cala os pássaros, e não se ouve mais o barulho de água contra os vidros, ela está
maquinalmente correndo os olhos pelo berço e vendo através da chuva a efemeridade deste mundo sem ele.
Sabe da dureza do viver, e compreende que o hábito da desconfiança é muito mais poderoso no mundo, do que à ternura da confiança de uma mãe, ela é a rajada de claridade neste mundo escuro e desconfiado. O melhor espetáculo para o filho é ter uma mãe que traga paz de espírito para sua alma.