Em meio a novos protestos dos venezuelanos neste 1° de maio contra a ditadura socialista que assola o país, o ditador do país, Nicolás Maduro, anunciou a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para reformar o estado venezuelano e modificar o ordenamento jurídico por meio de uma nova Constituição. De acordo com Maduro, a ideia é realizar uma “Constituinte popular e feita pela classe trabalhadora”.
“Convoco uma Constituinte cidadã, trabalhista, comunal, campensina, feminista, da juventude, dos estudantes e indígena, sobretudo trabalhista e comunal. Convoco todas as comunas a participar”, disse Maduro em ato na Avenida Bolívar, em Caracas.
De acordo com o ditador, as condições necessárias para fazer parte das eleições para constituinte serão detalhadas pelo Poder Eleitoral, mas que serão “cerca de 500 constituintes”, eleitos por voto direto pelos venezuelanos.
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o opositor Julio Borges, alertou para o fato de que a Constituinte convocada por Maduro busca consolidar a ditadura socialista na Venezuela.
“Qualquer passo no sentido de convocar uma Constituinte comunal faz parte de um golpe de estado orquestrado por Maduro, um governo que desde a eleição da Assembleia Nacional (formada por uma maioria de opositores) tem ignorado o voto popular, que impediu o referendo de revogação (do mandato de Maduro) e que não cansa de reprimir o povo venezuelano”, disse Julio.
A ditadura socialista de Nicolás Maduro tem atuado para inviabilizar eleitoralmente seus principais opositores, incluindo Henrique Capriles, que recentemente foi declarado eleitoralmente inelegível por 15 anos. Outro líder opositor, Leopoldo López, está preso há mais de dois anos e impedido de se candidatar desde 2008.