Morreu no dia três de abril, esta escritora que ocupava a cadeira 16 da ABL, não deixa descendentes. Seu único filho, o cineasta Gofdredo da Silva Teles Neto, faleceu em 2006, aos 52 anos. A obra de Lygia aborda temas variados como o amor, a morte, o medo, o adultério e as drogas. Trata ainda de problemas sociais e explora o universo feminino, trazendo um olhar crítico ao moralismo social. Recebeu quatro vezes o prêmio Jabuti, com a obra: O Jardim Selvagem, As Meninas, A noite Escura e Contos Invenção e Memória. Li apenas o livro “A Noite Escura” da obra dela, e penso que o que realça a identificação do leitor com a escritora é uma sensação de familiaridade.
Somos atraídos por palavras que transmitem a realidade com as coisas que desejamos. Os sentimentos escritos são exatamente os nossos sentimentos, e a sensação de beleza na escrita, parecendo que entende o nosso mundo interior. Ter uma sensação reconfortante, meio como se tivesse encontrado refúgio para nossos dilemas interiores. Ela partiu depois de viver 98 anos, sozinha, mas como escritora deixou o mais belo triunfo de um escritor que é fazer pensar os que podem pensar.