O arquétipo da sombra representa, de acordo com a psicologia analítica de Carl Jung, o “lado sombrio” da nossa personalidade. “Ninguém se ilumina imaginando figuras de luz, mas se conscientizando da escuridão”.
Li no Livro “Luz e Sombra”, não lembro o autor, e refleti sobre o episódio com o ex – secretário estadual da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, que xingou de “vagabunda” a chef de cozinha Angeluci Figueiredo, do tradicional restaurante Preta.
Era uma tarde de domingo com mau tempo, e ventos fortes, ninguém em parte alguma na ilha dos Frades, as poucas casas, em repouso, silêncio, em seguida num átimo de um instante ele apresentou um lado da personalidade desconhecido.
Algumas lendas dizem que a sombra é uma extensão da alma, que a sombra seria seu lado negro. A hora em que os demônios surgem , salivando, das sombras, deixando rastros mucosos de bile, arrependimento e dor.
A agressão do secretário reverberou, e aquele secretário que conheciíamos na nossa rotina mental bagunça a nossa mente, com algo incomum na sua rotina de declarações.
Aquela personalidade deixou de existir no nosso imaginário, foi drenada pela palavra agressiva “vagabunda ” e, por ser um personagem público, se espalhou rapidamente, por muitas telas de celulares, tudo hoje é muito urgente.
A vida de todos nós segue do jeito que deveria ser, com um solavanco ou outro lá no meio do caminho. E então, de repente, o chão se abre e estamos olhando para um abismo grande o bastante para engolir o mundo inteiro.
Às vezes, o que está lá embaixo não é tão ruim, outras vezes, é um pouco mais complicado. Hoje o mundo está em constante mudança e também sob estresse.
Não vemos as pessoas em si; limitamo-nos, na maioria das vezes, a ler as etiquetas coladas sobre elas. E todos nós nadamos ou nos afogamos ao enfrentar nossas deficiências na vida.
Vi ali emoções que se fosse pela razão não existiriam.
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