Moradores do Loteamento Villa Bella, situado na cidade de Medeiros Neto, estão indignados com a ocorrência de várias situações indesejáveis. O condomínio, lançado pelo grupo SILC Construções e Empreendimentos Ltda, em 2013, vem descumprindo normas ambientais e promessas de bem-estar e segurança.
Na última segunda-feira, dia 14, um abaixo-assinado feito pelos moradores foi encaminhado ao setor jurídico da prefeitura. No documento, que solicita providências, eles descrevem que a proliferação de bichos (como ratos, escorpiões, pernilongos, carrapatos e urubus) se deu a partir do mato alto e sujo presente no loteamento e acúmulo de lixo.
Ainda é citado o abandono de construções inacabadas. Nesses espaços, além do risco de acidentes com crianças, há ainda a utilização por menores de idade para prática de sexo e uso de drogas. Tudo isso fere diretamente a segurança e a integridade de quem mora ou transita pelo lugar.
Outro agravante é o visível descumprimento do Licenciamento Ambiental obtido pela SILC Empreendimentos junto ao Inema (órgão de fiscalização ambiental), que teria validade de 06 anos. Entre as condições da licença estão: desenvolver e manter um programa para evitar a geração de focos de vetores de transmissão de doenças e manter um esquema eficiente de manutenção e prevenção da degradação do loteamento (poda de árvores, coleta de lixo e outros serviços básicos).
Curiosamente, até mesmo o escritório da empresa, situado na rua R10, no próprio loteamento, está abandonado e enfrentando os mesmos problemas. Quem também sofre por consequência são os moradores do bairro Kit Moradia, localizado logo ao lado.
A reportagem do site MedeirosDiaDia esteve no bairro e conversou com moradores. Todos foram unânimes em reafirmar todos os problemas. Também foram procurados os sócios responsáveis pelo Loteamento Villa Bella. O contato foi mantido com Liomar P. Cortes, que mora em Itanhém.
De imediato, Liomar apenas confirmou a situação de haver obras inacabadas e citou o fato de alguns compradores não terem tido condições de arcar com o investimento. Ainda segundo ele, “animais peçonhentos, em todo lugar, tem – não tem pra onde correr”.
Outro sócio, o Isnaldo S., que mora em Medeiros Neto e poderia dar mais esclarecimentos, não atendeu às ligações feitas.