“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” (Gálatas 5.1)
A carta Aos Gálatas é um tratado sobre a essência do Evangelho de Cristo. Paulo ensina que a vida cristã é uma dádiva e não uma conquista. Tem a ver com o que Cristo fez por nós e não com o que nós conseguimos fazer para Deus. Não se trata de merecer, mas de crer nos méritos de Jesus. Pelo plano amoroso de Deus o Seu Reino nos é dado por meio de Cristo e então nos habita. Paulo diz então que somos libertados e levados a uma relação de amor com Deus, em que somos adotados como filhos e recebemos o Espírito Santo e por meio dele desfrutamos intimidade com Deus, chamando-o de Aba – paizinho!
Somos habitados pelo Reino de Deus, mas somos habitantes do reino dos homens, o mundo que jaz no maligno. O mundo onde temos aflições, em que o espírito está pronto mas a carne é fraca. Em que o Diabo, nosso adversário, por causa de Cristo, está atento para aproveitar cada oportunidade de nos fazer cair, nos afastar do propósito de Deus e nos levar a viver em contradição a Cristo. Ou seja, mesmo dizendo que o seguimos vamos fazendo escolhas que nos levam em direção oposta à dEle. Em certo sentido, vivemos diariamente entre a liberdade e escravidão. Cristo já nos libertou mas ainda podemos voltar à escravidão.
Isto acontece quando nos tornamos guardadores de regras e achamos que isso nos torna melhores que outros ou mais merecedores diante de Deus. Mas também acontece quando transformamos a liberdade em libertinagem. Quando apenas dizemos “sim” a nós mesmos, ignorando que Jesus disse que seria impossível segui-lo sem dizer “não”. Pois seguir a Cristo é ocupar-se da vontade do Pai, como Ele fez. É escolher servir, como Ele. É buscar primeiro o Reino que nos habita e não as recompensas do reino em que habitamos. O desafio dessa jornada é que, em princípio, a escravidão pode parecer liberdade e a liberdade, escravidão. Mas, no final, tudo se esclarecerá!