Leilão do 5G movimenta R$ 46,8 bi; conheça as empresas vencedoras

 (crédito: NICOLAS ASFOURI)
Foto: NICOLAS ASFOURI

Atrás apenas do leilão do pré-sal em arrecadação, o leilão do 5G chegou ao fim nesta sexta-feira (5/11), com arrecadação de R$ 7 bilhões e R$ 46,8 bilhões movimentados durante os dois dias de certame, segundo informações do Ministério das Comunicações.

O valor é inferior aos R$ 49,7 bilhões previstos, inicialmente, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), porque nem todos os lotes foram arrematados, de acordo com o superintendente de competição da Agência, Abraão Balbino e Silva.

“Não analisamos por número de lotes vendidos. Tivemos alguns lotes (hoje) não arrematados e dois lotes de ontem que (também) não foram. Se a gente pegar o total dos lotes de radiofrequência em valor econômico, mais de 85% foi comercializado”, explica Balbino. Apesar disso, o superintendente garante que, em termos de prestação de serviços, não haverá nenhum prejuízo. “Não vai haver nenhum prejuízo de serviço, todas as obrigações de serviço foram contratadas”, afirma.

As ofertas de lotes das faixas de frequências para a tecnologia de 5ª geração no país foram feitas para 15 empresas participantes, incluindo as principais nacionais: Vivo, Claro e TIM. “Superou todas as nossas expectativas (…) Grande parte desse valor será para investimentos”, afirmou Fábio Faria, ministro das Comunicações.

Telefônica (dona da marca Vivo), TIM e Claro dominaram o Leilão, que teve início na quinta-feira (4). O trio levou, por exemplo, os lotes nacionais de 3,5 GHz, de maior interesse, uma vez que essa frequência é exclusiva para o 5G e a mais usada no mundo. Ao todo, 11 das 15 empresas credenciadas arremataram algum lote, sendo duas já autorizadas à prestação de serviços móveis no país (Algar Telecom e Sercomtel), e outras seis, novas no rol de operadoras nacionais: Winity (empresa do Fundo Pátria), Cloud2U, Consórcio 5G Sul (Copel Telecom e Unifique), Brisanet, Neko (Surf Telecom) e Fly Link.

Faixas

Além de lotes da principal faixa de frequência, de 3,5GHz, foram ofertados lotes na faixa de frequência de 700 MHz, 2,3 GHz e 26GHz. As faixas de 3,5GHz e de 26GHz são exclusivas para o 5G, enquanto as demais, de 700 MHz e de 2,3 GHz também serão utilizadas na expansão do 4G pelo país.

O direito de outorga, ou seja, o prazo para exploração dessas faixas pelas empresas, é de 20 anos. Neste prazo, as empresas também se comprometem com ações do governo como levar internet a todos os municípios do país onde ainda não há sinal, incluindo áreas remotas da Amazônia, e às escolas públicas do país. A implementação da tecnologia 5G está prevista para começar já no próximo ano, começando pelas capitais dos estados.

5G DSS

Atualmente, o país já conta, em algumas regiões, com o 5G DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, da sigla em inglês), uma transição entre a quarta e a quinta geração da rede. A tecnologia, porém, não é considerada, de fato, de 5G, e leva esse nome devido a um protocolo de comunicação definido pelo consórcio 3GPP, responsável pela padronização das tecnologias móveis em todo o mundo.

Na prática, a frequência utilizada pelo 5G DDS é a mesma do 4G, porém com uma velocidade maior, que não chega à do 5G. Para atingir o potencial real da tecnologia 5G, é preciso instalar uma nova infraestrutura que entregará o sinal chamado 5G SA (standalone ou autossuficiente, em português).

Fonte: Correio Braziliense

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