Leia mais uma vez!

“E disse: Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.” (Mateus 19.3)

Leia mais uma vez!Se, como eu, você também ouviu pouco sobre este texto, nos fará bem ler mais uma vez essas palavras de Jesus. Entrar no Reino dos céus exige que nos convertamos e nos tornemos como crianças. No Reino dos céus há um estilo de vida que nos orienta a não retribuirmos o mal com o mal, mas a vencer o mal com o bem. Então, não é tratando mal quem nos trata mal que entraremos no Reino, mas retribuindo o mal com o bem. No Reino, a palavra de ordem é servir. Afinal, o Rei serviu e disse para fazermos o mesmo! Então, para entrar no Reino devemos aproveitar todas as oportunidades para servir. E faze-lo sem segundas intenções, mas somente interessados no bem do outro, por amor. No Reino dos céus os bem-aventurados são aqueles que jamais seriam vistos como tais no reino dos homens. Então, tenhamos cuidado com a felicidade que estamos buscando e tentando manter, pois pode ser que ela nos distancie do Reino de Deus, onde há verdadeira felicidade.

A lógica de uma criança é completamente distinta da lógica de um adulto e isto aponta para a diferença entre a lógica do Reino de Deus e a lógica do reino dos homens. A lógica do Reino dos céus prioriza o amor, de modo que, quem dá a maior oferta é aquele que dá o melhor de si e não simplesmente quem dá mais, especialmente se deu somente porque não lhe faria falta. E ainda que se possa operar milagres, conhecer mistérios e manifestar dons sobrenaturais, sem amor, no reino dos homens impressiona, mas no de Deus sequer tem valor. O Evangelho anuncia o Reino de amor que abre suas portas para os pecadores que se veem pecadores. Nele não há espaços para os pecadores que se veem justos. Nele, quem se humilha é exaltado e quem se exalta é humilhado. Tudo muito estranho e desafiador. Temos tanto a aprender e mudar que precisamos dessa radicalidade: nos tornar como crianças. Talvez nossa maturidade religiosa esteja nos cegando e a estejamos confundindo com maturidade espiritual. O orgulho e a rigidez são sinais a serem observados.

A infância é de uma beleza que combina com o Reino dos céus. Nela o hoje é bem aproveitado e as páginas são viradas mais facilmente. A infância é tanta coisa boa e inspiradora, é um paradigma tão excelente para a humanidade que deveríamos manter, que Jesus a usou como um retrato dos filhos de Deus e nos endereçou a ela. Em Sua didática sobre o Reino, ser como criança é apontado como o caminho para os adultos entrarem no Reino e verdadeiramente experimentar-no e manifestarem-no. Os discípulos estavam andando com o Rei, mas com os pés fora do Reino. Não acontece o mesmo conosco? Não há uma distância inapropriada entre nossos lábios e nosso coração? Entre o que dizemos e o que fazemos? Entre nosso culto e nosso trabalho? Entre o domingo e a segunda-feira? Quantas vezes precisaremos reler este texto? Sejam quantas forem que o leiamos ajudados pelo Espírito Santo. Que possamos entender a grandeza do que Jesus nos diz ao apontar para a pequenez de uma criança.

 

ucs

 

 

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