Na minha juventude, não pensava em nada. A vida era uma estrada sem começo nem fim, por onde eu passeava me divertindo. Até o trabalho era uma diversão. A realidade, nesta fase da vida, é tão boba comparada à fantasia deste ser que julgamos ser. Dos 13 aos 20 anos, fazemos muitas insensatezes. Nunca estamos onde deveríamos estar, nunca estamos em parte alguma.
Nesta época, não faltavam ideias, talvez as tivesse de sobra, mas tão contrárias umas às outras que não chegariam a formar uma opinião. É uma fase inquieta, imprevista, rica de acontecimentos, rica de paixão.
Cada vez com mais frequência afirmo (uma coisa tão evidente e que, no entanto, nos escapa) que o homem não existe senão em sua idade concreta e que tudo muda com a idade. Compreender o outro significa compreender a idade pela qual ele está atravessando e a juventude é a época da rebeldia.