Nesta quinta-feira (4), o juiz da Vara do Trabalho, Jeferson de Castro Almeida, decidiu pela evacuação do prédio da Câmara de Vereadores de Eunápolis, por questões de segurança, após uma confusão ocorrida no dia anterior.
A decisão suspendeu a sessão meia hora antes de ser iniciada e contou com a participação da Polícia Militar.
Os relatos são de que o presidente da Casa, Jorge Maécio, teria sido ameaçado sob empurrões, gritos e uma arma. Ele também teria tido sua mesa de trabalho danificada. O autor seria um colega.
A Justiça recebeu as denúncias sobre as ameaças e tomou a decisão, que vale por 10 dias. Nenhuma atividade deve acontecer no local durante o período, a menos que haja garantias de segurança para todos os vereadores e servidores.
A sessão interrompida
A sessão desta quinta-feira (4), suspensa pela Justiça cerca de meia hora antes de começar, havia sido mantida pelo presidente da Casa após os ocorridos do dia anterior. A única pauta, segundo apurado, era o possível afastamento cautelar da prefeita Cordélia Torres.
O pedido de afastamento de Cordélia é processado por uma comissão formada por outros três vereadores, que teve sua constituição denunciada ao desembargador Ângelo Jerônimo e Silva Vita, do Tribunal de Justiça da Bahia.
Ele acolheu as suspeitas de irregularidades na formação da Comissão processante, que, conforme divulgado, não possui representação proporcional dos partidos políticos com cadeiras na Casa, conforme determina a Lei Orgânica do Município.
Em face da decisão judicial, o trâmite do processo do pedido de afastamento ficou suspenso.
Ao G1, a assessoria da Cordélia Torres comunicou que ela não comentaria o assunto. A votação do pedido de afastamento da prefeita ocorreria após questionamentos judiciais quanto a irregularidades na realização do evento “São João se encontra com Pedrão de 2022”.