Filmava refugiados fugindo quando foi atingido por soldado russo. Renaud foi baleado no pescoço e morreu instantaneamente, enquanto seu colega de trabalho ficou ferido, a vida deles nunca é sem emoções.
Estava com 50 anos e já tinha coberto guerras no Iraque e Afeganistão. Os jornalistas tem um efeito surpreendente no público ao arriscar a vida, como um holofote caloroso indicando o caminho da notícia e enquanto as respostas continuam se escondendo ele continuava buscando vestígios dos fatos, e num destes momentos o tiro fatal o atingiu. O local da morte pelas fotos, tinha um ar sombrio, e essa impressão era acentuada pelo céu escuro que cobria tudo como um lençol velho, recebeu o tiro no pescoço. O silêncio da luz das notícias que trasmitia no mundo, parecia se fechar sobre ele. A capacidade de adaptação é um dos dons do jornalismo ele era de NovaYork, distante mais de 7000 km de Kiev, sei também que nos derradeiros momentos de sua vida estava em paz, morreu no cumprimento do ofício.
Todos nós vivemos em fortalezas pessoais de preocupações autocentradas, estamos sempre as voltas com a própria vida, com a própria rotina, com os próprios problemas e o jornalista está buscando informação longe desta fortaleza, e como Renaud pode um dia encontrar a morte.