Jorge Amado

Jorge Amado

A minha família materna tem forte ligação com os escritos de Jorge Amado, que na novela Gabriela, o meu bisavô era representado pelo Coronel Melque Tavares, e todas estas recomendações, fazem parte do meu presente.

Li vários livros entre os vinte e trinta anos, e ao longo das leituras passavam por minha mente rajadas de claridade que o gênio de Jorge, com suas palavras escritas irradiava, verifiquei que no primeiro parágrafo de seus livros definia tudo: estrutura, tom, estilo. E eu tinha prazer em ler de forma íntima e solitária, principalmente, o Capitães de Areia, o seu mais famoso livro e o que mais vendeu em todos os tempos. Na época de seu lançamento, a obra causou grande impacto e, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, chegou a ser queimada em praça pública.

Talvez por isto tenha sido preso duas vezes por apresentar ideais socialistas e comunistas sendo assim, exilado do país, donde permaneceu durante algum tempo nos países: Argentina, Uruguai, França e República Tcheca. Hoje, não posso pintar os gestos, os olhos e seu riso, um riso único, sem alterar a face, nem mostrar os dentes, a fala, as ideias, e principalmente a imaginação fecunda e moça, que se desfazia em ditos, anedotas, versos, descrições, ora sério, quase sublime, ora familiar, mas sempre original.

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