Estava na academia e na TV, vi a abertura dos jogos paralímpicos, foi uma sensação de admiração, no mundo existem um bilhão de seres humanos com alguma deficiência. Na curta passagem da vida, confundem-se à distância todos os traços, os que marcam os caminhos da alegria, como os que vêm da tristeza, estavam alavancados pelo fluxo contínuo da dopamina de um momento de vitória, todos já tem sua medalha de ouro, sucesso sobre a vida, sucesso sobre os obstáculos em aceitar um corpo onde a perfeição é a aceitação.
O que eu não mencionei é a percepção, de que aqueles atletas nas cadeias de roda, não aceitaram viver com a frase “a vida não é justa”. Há uma espécie de qualidade orgulhosa, autoconfiante, despreocupada que acabei identificando nestes atletas. O emblema de cada país simbolizava não só o poder de pertencer à aquela nação como também de segurou a estrela da sua vitória pessoal sobre a vida tendo uma vontade de agir e de seguir em frente e ali vi que o momento não tem gosto de deficiência, nem medo, e sim já de vitória.
*João é natural de Salvador, onde reside. Engenheiro civil e de segurança do trabalho, é perito da Justiça do Trabalho e Federal. Neste espaço, nos apresenta o mundo sob sua ótica. Acompanhe semanalmente no site www.osollo.com.br.
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