Jesus e o homem com lepra

“Estando Jesus numa das cidades, passou um homem coberto de lepra. Quando viu a Jesus, prostrou-se com o rosto em terra e rogou-lhe: “Se quiseres, podes purificar-me”. Jesus estendeu a mão e tocou nele, dizendo: “Quero. Seja purificado!” E imediatamente a lepra o deixou. (Lucas 5.12-13)

A lepra é uma doença milenar. Nem sempre foi enfrentada da mesma forma. Desde o Antigo Testamento e nos tempos de Jesus, as pessoas portadoras de hanseníase perdiam seus direitos sociais. Eram ensinadas a verem a si mesmas como indignas. Deveriam advertir as pessoas anunciando sua condição com a palavra “impuro”. Uma enfermidade altamente estigmatizante. Era esta a condição do homem com quem Jesus se encontrou. Sua dor era visível, ficava exposta. Nem sempre é assim. Há muitas dores e estigmas que não podem ser vistos. Há muitas pessoas desfiguradas interiormente. Faltou-lhes amor, compreensão, bondade. Elas precisam ver Jesus. Aquele homem viu e isso mudou tudo.

Ele prostrou-se com o rosto em terra, algo que pouco compreendemos nos dias atuais, pois não seria apropriado na relação entre nós. Mas no tempo de Jesus isso simbolizava uma suplica sem palavras, uma declaração de necessidade ao mesmo tempo em que um reconhecimento da grandeza e poder do outro para socorrer. É como se estivesse dizendo: estou em suas mãos! “Se queres, podes purificar-me.” Aquele homem não julgou a si mesmo, não fez contas, apenas contou com a bondade de Jesus e foi recompensado: “Quero. Seja purificado!”. Jesus disse isso enquanto estendia a mão para tocar o homem. Há quanto tempo ninguém o tocava? Talvez ele próprio se tocasse com dificuldades. Mas a empatia de Jesus mudou tudo. O amor é empático. Percebe, compreende e se compadece.

“E imediatamente a lepra o deixou.” Ele ficou livre do sua doença. Não havia medicina para socorrer os leprosos no tempo de Jesus. Não havia remédio para ajudar. Mas Jesus estava lá e isso mudou tudo. O pecado e suas consequências são problemas milenares. Somente Jesus pode intervir e trazer cura. Há pessoas precisando de um encontro com Ele. Eu e você precisamos possibilitar isso. O Cristo que vive em nós deve ser apresentado aos necessitados de vida. Só Ele dá vida plena. Neste mundo há falta do toque, da voz, do olhar, da atitude que transmite o tipo de empatia que Jesus nos trouxe e demonstrou àquele homem. Uma empatia fruto do amor de Deus. O seu toque, a sua voz, o seu olhos, a sua atitude estão fazendo falta para que o Cristo que traz cura e vida nova possa ser visto, crido e traga libertação do que estigmatiza, entristece e rouba a vida! Seja hoje o Evangelho que encontrará pessoas e promoverá libertação!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui