Jesus e a viúva de Nain

“Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: “Jovem, eu lhe digo, levante-se!” Ele se levantou, sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou à sua mãe.” (Lucas 7.14-15)

Este texto descreve o dia em que uma viúva, cujo nome não é revelado por Lucas, teve seu filho ressuscitado por Jesus. Era seu único filho e é possível entender a angústia daquela mulher. Não apenas por se tratar de um filho, mas por ser o único e porque ela estaria em completo desamparo. Jesus estava entrando na cidade, Nain, e o cortejo fúnebre estava saindo para o sepultamento. Havia uma multidão acompanhando. Lucas registra que, ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: “Não chore” (v.13). Jesus se importou com a dor daquela mulher. O Filho de Deus não é poderoso somente, é compassivo e cheio da misericórdia. Jesus revela-se exatamente em sintonia com o que os salmos falam sobre Deus: “O Senhor é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor.” (Sl 103.8) Nosso Deus é compassivo. Nosso Mestre é compassivo. Como somos?

Jesus veio nos levar de volta ao Pai. Somos feitos filhos e filhas de Deus por meio de Cristo (Jo 1.12). Somos selados com o Espírito Santo da promessa (Ef 1.13). Somos chamados a viver em comunhão com Deus e a honra-lo em todas as coisas (1 Co 10.13). Como faremos isso sem sermos como Ele, compassivos? Capazes de sentir um pouco a dor do outro? Sensíveis o bastante para sermos tocados pelo que aflige e dói no próximo? Pois nosso Deus é assim! Não podemos orar ao Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações (2 Co 1.3-4) e não nos ocuparmos de consolar os que sofrem e ser misericordiosos com os que falham. Aliás, é isso que Paulo diz que deve acontecer: com a consolação que recebemos de Deus devemos consolar os que estão passando por tribulações (v.4).

Como podemos cuidar para que nosso coração não se desvie de Deus por ser duro e insensível? O que podemos fazer para que a compaixão e empatia demonstradas por Jesus também nos caracterizem? Devemos ler as Escrituras com novos olhos. Com os olhos de quem verdadeiramente compreendeu que o mandamento de amar é insubstituível. Que é inegociável, pois não existe santidade sem amor. Devemos orar a oração de quem deseja obedecer a Deus e não apenas ser atendido por Deus. Devemos revisitar o Evangelho e procurar ver a bondade e compaixão de Jesus e imitá-lo. Ser discípulo de Jesus para nós às vezes significa ser um tipo de pessoa que muito pouco revela de compaixão e empatia, características tão marcantes e presentes em Jesus. Há algo errado com nosso discipulado! Devemos pedir ao Espírito de Cristo que nos conduza a ser como Cristo. Que façamos tudo isso e mais. E que o Cristo que habita em nós toque a vida de muitas pessoas!

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