Segundo ele, mãe lavava roupas quando menina mordeu fio de eletricidade.
Corpo da criança de oito meses foi enterrado na segunda-feira (16).
O motoboy Jailton Barreto Duarte ainda custa a acreditar na morte da filha caçula Carolaine Ribeiro Duarte, de apenas oito meses, que morreu eletrocutada após colocar um fio na boca, na cidade de Itororó, no sul da Bahia. Nesta terça-feira (17), dois dias após a tragédia, o pai disse estar “traumatizado”.
“Estamos de luto, em uma situação bem difícil. Estou traumatizado. A mãe chora até hoje quando olha para as roupas dela e quando assiste aos vídeos que tem da menina. Eu também choro quando lembro dela. Uma menina muito alegre e apegada à gente e que andava sempre sorridente. A gente nunca ia imaginar que isso pudesse acontecer”, disse o pai, em entrevista à reportagem.
O corpo da pequena Carolaine foi enterrado no cemitério da cidade de Itororó, na tarde de segunda-feira (16). Segundo Jailton, a mãe da criança lavava roupas no quintal da casa onde moram, no bairro Sinval Palmeira, quando o acidente aconteceu, no início da tarde de domingo (15).
“O tanquinho de lavar estava ligado na tomada da cozinha com uma extensão. Eu estava na sala junto com as outras crianças. Como o fio estava no chão da cozinha, ela [o bebê] pegou e colocou na boca”, disse Jailton.
De acordo com o pai, o fio não estava desemcapado, e a criança, que engatinhava pelo chão da casa, acabou levando uma descarga elétrica porque mordeu a extensão. “Ela já tinha os dentinhos e mordeu o fio. E criança é assim, tudo que vê coloca na boca. A prima dela, de nove anos, foi quem viu ela levando choque e gritou. A mãe estava estendendo roupa e saiu correndo e tirou a tomada”, disse.
Desesperados, os pais socorreram a filha, mas não teve jeito. “Naquele sufoco, pegamos a criança e levamos direto para o hospital. O medico ainda tentou reanimar, mas ela veio a óbito”, lamenta Jailton, que é pai de mais três meninas e um menino. A filha mais velha, de 10 anos, passou mal durante o sepultamento da irmã. “Ela chegou a desmaiar na saída do cemitério, e os outros irmãos choraram muito”.
Fonte: Alan Tiago Alves e Gabriel Gonçalves/G1