Itamaraju e Teixeira estão entre os alvos da Operação “Ciranda de Pedra”, deflagrada pela Polícia Federal

Itamaraju e Teixeira estão entre os alvos da Operação "Ciranda de Pedra", deflagrada pela Polícia Federal
PF deflagrou na manhã desta terça-feira uma operação em combate ao desvio de recursos públicos em Maiquinique, sudoeste da Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Polícia Federal de Vitória da Conquista, em conjunto com a Controladoria Geral da União, deflagrou, nesta terça-feira (24), a Operação Ciranda de Pedra, em oito cidades da Bahia. A ação tem como objetivo combater crimes de desvio de recursos públicos destinados à área da infraestrutura na cidade de Maiquinique, no sudoeste do estado, nos anos de 2012 a 2017.

Itamaraju e Teixeira estão entre os alvos da Operação "Ciranda de Pedra", deflagrada pela Polícia Federal
Mandados também são cumpridos em Teixeira de Freitas, porém, não há detalhes, ainda. Foto reprodução internet

Vinte mandados de busca e apreensão e 14 mandados de intimação são cumpridos nos municípios de Maiquinique, Macarani, Itapetinga, Itamaraju, Teixeira de Freitas, Jequié, Mirante e Vitória da Conquista.

A organização criminosa obteve contratos da ordem de R$ 3.428.183,03, dos quais R$ 1.587.619,76 está estimado como o valor do desvio com ordem de bloqueio judicial.

De acordo com informações da PF, a investigação começou em 2017 sobre obras inacabadas em Maiquinique, decorrentes de seis licitações celebrados na gestão local entre 2013 e 2016, a partir de um convênio com o Ministério das Cidades.

“A investigação descobriu que um grupo de quatro empresas fazia revezamento nas licitações e parte dos recursos era destinada a pagamentos de parentes e pessoas ligadas à Administração Municipal”, diz a nota enviada pela Polícia Federal.

Além dos serviços não executados ou parcialmente executados, a investigação aponta que um grupo de quatro empresas fazia revezamento nas licitações e parte dos recursos era destinada a pagamentos de parentes e pessoas ligadas à administração municipal.

Ainda conforme as investigações, algumas dessas empresas, vencedoras de licitações recorrentes, serviam apenas de “fachada” e eram compostas por sócios “laranjas”.

Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e fraude à licitação.

Segundo a PF, o título “Ciranda de Pedra” traduz uma fonte de múltiplos significados. No entanto, a “ciranda” da obra de Lygia Fagundes Teles é formada por pedras, simbolicamente representando a sua dureza, a desintegração, o fechamento entre os participantes e a não aceitação de novos membros.

Compilação Correio e G1 BA

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