Itamaraju: Após 5 meses, criança que perdeu parte do rosto com doença volta para casa

Mãe contou que o tratamento melhorou a coceira, mas diagnóstico é incerto.

Menina está cega e perdeu parte do rosto; cirurgia foi agendada para 2016.

A garota Pyetra Jesus Santana, de 5 anos, que perdeu a visão dos dois olhos e parte do rosto com uma doença desconhecida, recebeu alta após ficar quase cinco meses internada em Salvador. A criança estava desde março no Hospital Santo Antônio, pertencente as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), e já retornou com a mãe para casa na cidade de Itamaraju, no extremo sul da Bahia.

“Ela está bem, alegre, pegou peso e está crescendo. Está bem melhor”, disse a mãe, Adrielle do Santos de Jesus, de 22 anos, em contato com a reportagem nesta quinta-feira (1º), duas semanas após a filha receber alta. A menina deve retornar a Salvador em janeiro de 2016 para fazer uma cirurgia de reconstrução da face. A reportagem buscou o Hospital Santo Antônio para obter mais informações sobre a doença, mas a assessoria de comunicação informou que não pode divulgar o histórico dos pacientes.

A mãe conta que, apesar da alta médica, ainda não se sabe o que de fato aconteceu com a garota. “Os médicos fizeram vários exames para chegar ao diagnóstico, mas não disseram nada, não identificaram ao certo a doença dela. Quando eu cheguei ao hospital, já estava bem avançado e, como não poderia esperar muito o resultado da biópsia, eles começaram tratamento contra fungos, que era a suspeita inicial, e o tratamento deu certo”, destacou.

Problemas de saúde

A criança nasceu quando a mãe tinha 17 anos, na cidade de Itamaraju. Quatro dias após o parto, Adrielle descobriu que a bebê tinha doença no coração e que crescia rápido demais.

 Meses depois, soube que a menina poderia fazer a cirurgia em Vitória, Espírito Santo, e foi para lá. Morou por um ano e dois meses na cidade e decidiu voltar para a Bahia.

Adrielle afirmou que, após a cirurgia do coração, Pyetra passou a se desenvolver normalmente. Depois, mãe e filha voltaram para a Bahia e foram morar em Teixeira de Freitas. “O tempo foi passando e percebi que ela estava coçando muito o olho direito. Levei na oftalmologista e a médica passou um colírio, mas, mesmo assim, minha filha ficou cega com um ano e sete meses. A médica a liberou e disse que não tinha risco de passar para o outro olho”, diz Adrielle.

Segundo ela, alguns meses depois, a criança começou a coçar o olho esquerdo e acabou ficando cega desse olho também. “Parecia que era algo que comia o olho da minha filha. Enquanto isso, eu ia a um monte de médico e ninguém conseguia descobrir nada. Com o tempo, a coceira passou para a boca e para o nariz”, afirma a mãe.

Ela conta que um médico em Teixeira de Freitas fez uma biópsia, que não apontou nenhuma causa. “Então ele mandou que eu procurasse um cirurgião plástico, em Salvador, para que pudessem reconstituir o rosto da minha filha”, contou em entrevista à reportagem.


G1

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