Mãe não podia engravidar e adotou Luiz de Oliveira quando ele era bebê.
Incentivado desde criança, Luiz atualmente é atendente de lanchonete.
A história do jovem Luiz de Oliveira é exemplo de superação para colegas de trabalho e moradores da cidade Itabuna. Com microcefalia, ele foi adotado quando era um bebê por Luizete Mendez de Oliveira, uma professora que não podia engravidar. Com incentivo e amor, o jovem se desenvolveu e hoje leva uma vida normal.
“Eu não podia engravidar e aí conheci Irmã Creuza, que me indicou que tinha um orfanato aqui em Itabuna que tinham várias crianças para serem adotadas. E aí, quando cheguei lá, logo encontrei Luiz e me apaixonei pelo rapazinho”, conta a professora ao mostrar fotos do jovem tiradas há 28 anos, quando o adotou.
Ainda no orfanato, ela viu que o bebê tinha uma deficiência e logo ficou confirmado que era microcefalia. “Eu já sentia que ele era o meu filho e que ele veio assim para mim porque foi Deus que mandou ele assim”, conta emocionada.
A microcefalia do jovem é moderada e não foi causada pelo vírus da zika, mas por outros agentes como bactérias e radiação.
Luizete de Oliveira conta que precisou deixar de trabalhar para que o filho levasse uma vida cada vez melhor. “Tive que deixar de trabalhar só para cuidar dele porque ele necessitava de muito carinho e afeto e de um trabalho multidisciplinar”, revela.
A microcefalia é uma malformação congênita irreversível que resulta no tamanho reduzido do crânio e muitas vezes no desenvolvimento incompleto do cérebro. O jovem Luiz de Oliveira faz todas as atividades de um jovem como qualquer outro, mas tudo isso precisou de muito treinamento. Foram quatro anos de muita repetição para, por exemplo, ele levar o garfo à boca e, atualmente, ele já come sozinho.
Há três anos ele conquistou a maior vitória, quando foi contratado por uma rede de fast food para trabalhar em um shopping. Ele foi considerado o melhor funcionário do mês. “Ele se destaca. Ele faz mesmo com zelo, com carinho. Todos os funcionários foram unânimes em dizer que ele realmente merecia o destaque do mês”, conta Antônio José dos Santos, gerente da lanchonete.
Para uma das colegas de trabalho, ele é exemplo de simpatia e bom profissional. “Ele é muito simpático. Todo mundo passa aqui, conversa com ele, brinca, passa e ele sempre interage com as pessoas e ele faz o trabalho dele muito bem”, conclui Rosana da Conceição.
Do G1 BA, com informações da TV Santa Cruz