Itabuna: Estagiários de Medicina impulsionam doação de órgãos

“Estamos fazendo tudo ao nosso alcance para que Itabuna consiga atingir meta positiva de doações de transplante de órgãos”, disse hoje o presidente da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (FASI), Paulo Bicalho, durante a apresentação dos estagiários do 4° ano do curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz (UESC), que a partir de convênio com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) passarão a estagiar no Hospital de Base.

A ação faz parte do programa de Doação de Órgãos da SESAB. Ao todo cinco alunos, que passaram em processo seletivo, cumprirão estágio de um ano no Departamento de Doação de Órgãos do Hospital de Base. O diretor Paulo Bicalho ainda destacou que vários fatores contribuem para que não se consiga avançar e alcançar uma taxa satisfatória de transplantes. “Um dos pontos importantes para a mudança desse cenário é a formação das equipes especializadas para a realização desse procedimento”, disse.

“A partir da atuação desses iniciantes na área médica teremos uma sensibilidade maior para o incentivo à doação de órgãos pelas famílias”, expressou Paulo Bicalho. Segundo explicou, a informação da família sobre a possibilidade da doação de órgãos é outro ponto importante para ampliar a campanha de doação de órgãos e tecidos.

De acordo com informações da SESAB, a taxa de recusa familiar é de 70%. “Essa é a principal causa da não doação de órgãos de potenciais doadores notificados. Portanto, cabe a nós, também profissionais de saúde, ajudar a promover o esclarecimento da população”, explicou o coordenador do Sistema Estadual de Transplante, Eraldo Salustiano Moura.

Além disso, de acordo com Eraldo, a doação deve ser estimulada pelos médicos com a notificação de potenciais doadores às centrais. “A intenção do Estado é fazer com que esses estudantes redimensionem a doação de órgãos e tecidos em Itabuna”, disse.

“Não queremos só a capacitação desses alunos, mas mostrar a vivência direta com o assunto doação de órgão. Isso melhora a formação dos estudantes e garante inserção mais efetiva na Universidade sobre a mudança da cultura da sociedade sobre o tema”, completou Eraldo Moura.

Para a aluna do 4° ano de Medicinada UESC Sofia Lafetá Pinto Santos, a informação é um fator essencial para o aumento do número de doadores potenciais, já que infelizmente existem ainda muitos mitos em relação à doação de órgãos. “Estou muito empolgada para iniciar esse trabalho de colaboração para a doação de órgãos. A dificuldade é visível. Mas, juntamente com meus colegas, estaremos agregando valores a essa campanha. Vamos desmitificar as dificuldades de compreensão do diagnóstico de morte encefálica e a divergência de opiniões entre familiares a respeito da doação”, disse Sofia.

Já para a aluna Luciana Cardosos Sila Lima, a importância de uma comunicação efetiva entre a equipe multiprofissional e a família é o que influencia positivamente na decisão de doação. “O que muitas pessoas ainda não sabem é que para ser um doador de órgãos no Brasil não é necessário nenhum documento por escrito. Basta que a pessoa informe à família sua intenção. Pois, em caso de morte encefálica, apenas a família tem o poder de autorizar a doação”, explicou Luciana.

Além de Itabuna, que realiza transplantes renal e de córneas, Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Teixeira de Freitas também realizam o procedimento. Integrada ao sistema nacional, a logística de captação dispõe de veículos e aeronaves do Governo do Estado para garantir o transporte de órgãos no tempo e condições adequados até o local do procedimento.

 

Ascom da prefeitura

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