Autor de disparo também não foi identificado, diz diretor de unidade na BA.
Cem homens foram transferidos para Salvador e Ilhéus após rebelião.
A arma de onde partiu o tiro que matou um dos detentos no Complexo Prisional de Itabuna, região sul da Bahia, em rebelião ocorrida na sexta-feira (23), ainda não foi encontrada dentro da unidade prisional, segundo informações do capitão Adriano Valério Jácome, responsável pelo complexo.
Ele afirma ainda que o autor do disparo, que é um detento, também não foi identificado. “Quando as tropas conseguiram acessar o complexo, a rebelião estava em andamento e o óbito já tinha ocorrido”, explica o diretor. A busca pela arma é dificultada pela presença de escombros que restaram após a confusão entre os detentos.
Outro preso também morreu durante o motim, com ferimentos de outra natureza, segundo afirma Jacomé. Cem internos foram transferidos, durante o sábado (24), para unidades prisionais de Ilhéus (20) e Salvador (80) por medida de segurança e por falta de condições de mantê-los nas estruturas danificadas.
O Complexo Prisional de Itabuna, que possui dois pavilhões, passa por perícia e reformas. O Pavilhão 1 ficou totalmente destruído após o confronto entre os presos. Desde então, as visitas aos internos estão suspensas por medida de segurança.
Também foi solicitado reforço no policiamento. O diretor aponta que o local conta com atuação de tropas da Cipe Cacaueira, além de 15º Batalhão e tropa da Rondesp. A situação é considerada tranquila neste domingo (25), na unidade prisional.
Durante a rebelião, aponta o diretor, não houve confronto entre os presos e os policiais acionados para conter a situação. As tropas de reforço usaram bombas de efeito moral e balas de borracha. Nenhum policial ficou ferido.
Rebelião
Dois detentos morreram e ao menos 15 ficaram feridos durante a rebelião iniciada na manhã de sexta-feira, no Conjunto Penal de Itabuna, na região sul da Bahia. De acordo com comunicado afixado na unidade, os nomes das vítimas são Claudemir Francisco dos Santos e Márcio Cardoso dos Santos, que erão do pavilhão dois.
De acordo com a polícia, a rebelião começou por volta das 5h da manhã de sexta-feira. Na ação, os presos quebraram paredes e queimaram colchões. Os feridos, alguns em estado grave, receberam primeiros atendimentos do Samu ainda no estacionamento da unidade e foram levados posteriormente para o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna.
Por meio de nota, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) informou que ocorreu uma briga entre dois grupos rivais, o que resultou na rebelião.
“Os grupos rivais eram separados entre os Pavilhões 1 e 2, que foram totalmente destruídos pelos internos. A parede que separava as alas foi derrubada viabilizando o confronto entre os grupos. A situação foi controlada às 11h pela ação coletiva da Cipe Cacaueira, do Comando Especial 15º Batalhão e da Tropa Especial Rondesp do 2º CPR Sul”, diz a nota da Seap.
Fonte: G1