“Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor.” (Efésios 2.19-21)
A vocação do cristão é tornar-se cada dia mais íntimo e próximo de Deus. Em Cristo os estrangeiros recebem cidadania celeste e os estranhos são feitos membros da família de Deus. Aqueles que tentavam encontrar um lugar firme para estar em pé, recebem o fundamento eterno cuja pedra angular é Ele mesmo, Jesus. E então o que se espera é crescimento na direção de estar, cada vez mais, em comunhão com Deus.
Há muita conversa no mercado religioso com ares de intimidade com Deus. Jeitos intimistas de referir-se a Ele, pronomes possessivos e substantivos diminutivos, como se intimidade fosse outra coisa e não pertencimento. Mas porque é pertencimento sua evidência não é atrever-se no falar sobre Deus como se Ele fosse um vizinho chegado que encontramos cada manhã saindo pela garagem, indo governar o universo. Quanto mais intimidade, mais contemplação, “extasiamento”, perplexidade. Mais devoção e honra.
Os íntimos de Deus são indivíduos adiantados em aperfeiçoamento, influenciados demais por Ele para abrirem mão da fidelidade e da ética em seus relacionamentos. São amorosos e bondosos com necessitados; perdoadores e misericordiosos com os que falham, especialmente contra eles. Intimidade com Deus não muda nosso jeito de falar com Deus tanto quanto muda nosso jeito de viver entre os homens. Ser cristão é ter a vida reorientada para que cresçamos em intimidade com Deus, tornando-nos Sua habitação, santuário a Ele dedicado. A marca da intimidade com Deus é o caráter saudável e correto.