O meu primeiro contato com a língua inglesa foi no ACBEU, no corredor da Vitória. O filósofo Wittgenstein dizia “os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo” e há na vida uma absorção no canto do desconhecido que faz bem ao que em nós sonha. Quis aprender porque não estava gostando de ver onde meus velhos hábitos estavam me levando, só saber o Português na década de sessenta era muito limitante, hoje qualquer celular faz tradução instantânea.
Interessente que comprei um livro de bolso em inglês e coloquei um dicionário do lado, era o Conde de Monte Cristo, que já tinha lido em português, mas para avançar as páginas, era um ir e vir ao dicionário, acho que adquiri mais vocabulário assim. Aprender uma nova língua, que é mundial, tornou-se em qualquer aspecto da minha consciência de mim uma amplitude de alívio, um respirar mais fundo de pulmões diversos. Lembro que viajei sozinho com vinte e cinco anos para a Europa, e em Portugal conheci um canadense e uma israelence , perguntei ao canadense: Meu inglês é bom? Ele disse seu inglês só será bom, quando vc conseguir sonhar em inglês, nunca consegui e me contento em ter um inglês razoável.