Uma pontada no peito, nos trás dor, e então o quarto olha saturado de realidade, quadros, cama, estante, de tudo emana uma realidade austera , com apelos de um mundo em que é preciso viver e que neste dia tornara-se tão hostil e perigoso.
Vivemos sob o implacável sol do destino. Sempre nos ocupando com alguma coisa, sempre tendo o que fazer e com o que se preocupar, com dinheiro, com a promoção na carreira, com a paz em casa, com assuntos de escola e filhos doentes; sempre cercado de obrigações e de repente, um infarto fulminante.
Nunca ninguém esta tão abandonado, tão completamente abandonado do que quando morre subitamente.
João Misael Tavares Lantyer