A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta uma expansão do Produto Interno Bruto brasileiro de 3,1% agora e 1,6% em 2023. No setor industrial, a expectativa é de uma elevação de 1,8% em 2022 e 0,8% no próximo ano. Os números foram divulgados nesta terça-feira (6), por meio do documento Economia Brasileira 2022-2023.
Para a entidade empresarial, a perda de fôlego no próximo ano decorrerá das altas taxas de juros, da inflação ainda elevada e do menor crescimento mundial. No setor industrial, os produtores de bens mais sensíveis à renda com desempenho mais favorável do que as indústrias com produtos mais sensíveis ao crédito.
“Todas as nações desenvolvidas, e mesmo algumas que estão em estágio similar ao nosso, têm atuado para fortalecer ao máximo suas indústrias, sobretudo porque vivemos atualmente em um cenário de acirrada rivalidade entre os estados nacionais, barreiras comerciais e remodelação das cadeias globais de valor”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que a prioridade para 2023 precisa ser a reforma tributária sobre o consumo. Ele aponta a PEC 110, que tramita no Congresso, como a que contempla as principais demandas do setor produtivo, como eliminação da cumulatividade e imediata recuperação dos créditos tributários devidos e não-pagos.
“Defendemos que o novo governo coloque como uma de suas prioridades a adoção de uma política industrial alinhada às melhores práticas internacionais, que tenha como objetivos o aumento da produtividade e a inserção das empresas brasileiras na economia global”, completa Andrade.
Fonte: Bahia.ba