Índios pataxós confirmam acordo e prometem desocupar SEC na Bahia

Segundo os indígenas, governo prometeu concursos para professores.

‘Cronograma será publicado no Diário Oficial’, disse Aguinaldo Pataxó.

Índios pataxós confirmam acordo e prometem desocupar SEC na Bahia
Professores indígenas ocupam Secretaria da Educação por concurso (Foto: Reprodução / TV Bahia)
Os indígenas que ocupam a sede da Secretaria de Educação da Bahia afirmam que irão deixar o local após acordo firmado nesta quarta-feira (25) com representantes do governo do estado. A previsão é que os índios deixem o local até a manhã dessa quinta-feira (26).

De acordo com Agnaldo Pataxó, secretário do Fórum da Educação e professor da Escola Estadual da aldeia Caramuru, em Pau Brasil, sul da Bahia, o governo prometeu realizar concursos para professores com nomeação prevista para março de 2014. “O governo vai divulgar um cronograma e um edital ainda este ano. A previsão é que a nomeação aconteça no início do ano que vem”, explicou.

“Foi criada uma comissão com a participação das entidades, professores e lideranças dos indígenas para fazer o acompanhamento contínuo do andamento do cronograma”, afirma. O líder indígena afirma ainda que “se um das etapas não for cumprida no prazo, nós voltaremos a Salvador para fazer valer os nossos direitos”.

De acordo com Agnaldo Pataxó, pelo menos 390 profissionais estão atualmente com contratos temporários. “Estamos há 13 anos trabalhando em serviço temporário, tivemos várias negociações com o governo e nenhum concurso público foi realizado. Recebemos em média 40% a menos que um professor comum com a mesma formação, o que é absurdo”, afirma.

O professor estima que o grupo seja composto por mais de 200 pessoas, entre profissionais de ensino, pais e alunos. Os manifestantes reuniram as reivindicações em um documento que, segundo eles, foi encaminhado para a Governadoria.

A assessoria da Secretaria da Educação informou que todos os trâmites para a realização do concurso foram organizados e que o edital está pronto, mas, para a seleção ocorrer, é preciso incluir a carreira indígena na lei de magistério. Segundo a Secretaria, o projeto de modificação na lei foi encaminhado sexta-feira (20) para a Assembleia Legislativa, com pedido de urgência.

 

 

Fonte: Correio

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