
NOVA LEI INCENTIVA ADOÇÃO DE PAUSAS NO BRASIL
A Lei 14.831/24, sancionada pela Presidência da República, estimula empresas brasileiras a adotarem práticas voltadas à promoção da saúde mental no ambiente corporativo. Entre as ações recomendadas está o incentivo às pausas ativas durante a jornada de trabalho. A medida se aplica a todo o território nacional, incluindo cidades como Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, onde empresas de pequeno, médio e grande porte já demonstram interesse em aderir às novas diretrizes algumas fontes empresariais. A proposta integra a lista das dez práticas simples e econômicas divulgadas pela Câmara dos Deputados.
CIÊNCIA COMPROVA BENEFÍCIOS DAS PAUSAS
Segundo a teoria da recuperação do estresse, proposta por Meijman & Mulder (1998), pequenos intervalos para alongamento, exercícios de respiração e caminhadas curtas durante o expediente são essenciais para restaurar o equilíbrio mental e físico dos trabalhadores. Esses momentos de recuperação reduzem a fadiga cognitiva e aumentam o foco, favorecendo o desempenho profissional. A prática também previne problemas como esgotamento, ansiedade e distúrbios musculares associados ao sedentarismo ocupacional.
EXPECTATIVAS SOBRE A PRÁTICA
Simulações feitas por empresas de médio porte, como uma distribuidora de alimentos, indicam que pausas ativas de cinco minutos a cada duas horas podem reduzir em até 30% as queixas de dores musculares, segundo padrões já aplicados em empresas da Nova Zelândia desde 2010. Assim, a mesma expectativa afirma sobre maior produtividade e melhor experiência dos empregados com suas funções e local de trabalho diário.
ESPECIALISTAS REFORÇAM EFICÁCIA DAS PAUSAS
A psicóloga do trabalho Renata Moura (da Folha de São Paulo e BBC News Brasil) afirma que “as pausas ativas são um recurso simples, de baixo custo e alto impacto. Elas promovem não apenas alívio físico, mas também renovação emocional.” Moura destaca que essas ações podem ser conduzidas por qualquer membro da equipe com instruções básicas, o que facilita sua adoção mesmo em pequenas empresas com poucos recursos. Ainda segundo ela, o modelo pode ser adaptado à realidade de escritórios, fábricas e ambientes comerciais.
REFERÊNCIAS INTERNACIONAIS E LOCAIS
No Japão, a Toyota instituiu pausas ativas regulares desde os anos 1980, o que contribuiu para redução significativa dos afastamentos por estresse. No Brasil, iniciativas semelhantes foram adotadas em polos industriais de Curitiba e Belo Horizonte. Segundo um empresário no ramo de confecções no centro da cidade, em Teixeira de Freitas, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), muito presente na vida empresarial da cidade, tende a promover workshops sobre a nova legislação e como implementá-la no comércio local, começando, inclusive, pelo tema das pausas ativas.
EMPRESAS SERÃO ACOMPANHADAS PELA NOVA POLÍTICA PÚBLICA
As ações implementadas poderão ser monitoradas e certificadas por meio do programa federal que emite o selo de Empresa Promotora da Saúde Mental. Segundo os critérios estabelecidos pela legislação, serão consideradas boas práticas aquelas que respeitem os direitos dos empregados, promovam o bem-estar no trabalho e tenham resultados mensuráveis. A expectativa, em cidades como Teixeira de Freitas, é que a adesão dessas práticas possa se expandir, fortalecendo uma cultura organizacional mais saudável e produtiva, na cidade e por toda região.
- 4º de uma série de artigos sobre SAÚDE MENTAL NAS EMPRESAS, produzida pelo estudante de Jornalismo Jônatas David