IMPRESSIONANTE É O AMOR

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e tenha todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.” (1 Coríntios 13.1-2)

Ao ler o Evangelho proclamado pela vida, atitudes e ensinamentos de Jesus, fica claro que servir, usar nossos dons, bens e possibilidades para realizar obras que honrem a Deus, é parte inegociável da vida com Deus. Em outras palavras, a espiritualidade proposta por Jesus envolve fé e obras. Somos salvos pela graça por meio da fé, como uma dádiva de Deus. Sem obras! (Ef 2.8). Mas no mesmo texto Paulo diz que em Cristo somos recriados para praticarmos boas obras (v.10). O que se confirma pela declaração de Jesus, como lemos em Mateus 22.37-40: Um perito na lei, o pôs à prova com esta pergunta: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” Veja o que Jesus disse: “do amor dependem toda a Lei o os Profetas”.

Por isso Paulo declara que, sem amor, nada tem valor. Não existe vida cristã sem amor. Mesmo falando línguas de homens e anjos; mesmo manifestando o dom que sempre impressiona, o de profetizar; mesmo sendo profundo conhecedor de mistérios e tendo uma fé que realiza feitos extraordinários, sem amor, nada tem valor. Impressionante, não? Com pode ser isso? João, o apóstolo, concorda com Paulo. Ele entendeu que, quem não ama, não conhece a Deus (1 Jo 4.8). E quem pensa amar a Deus e não ama o próximo, está vivendo uma ilusão espiritual (1 Jo 4.20-21). Para não nos desviarmos de Deus enquanto praticamos nossa religião, devemos nos dedicar a amar e servir as pessoas. Não devemos nos satisfazer com a fé dos conceitos, das certezas sobre Deus. Conhecer as Escrituras é bom, mas não faz de mim um discípulo de Jesus. É preciso mais que isso!

Decida-se por aprender a amar e servir. Pessoas que amam e servem são pessoas que estão se convertendo ao próximo, assim como se converteram a Deus. Converter-se é voltar-se para encontrar-se. Diante de Deus, adoramos. Diante do próximo, amamos e servimos. E o que fazemos diante de Deus depende do que fazemos diante do próximo.  Amar e servir ajuda-nos a ser humildes, como Jesus. Ajuda-nos a superar o orgulho e colocar a toalha em volta da cintura, em imitação a Cristo (Jo 13.1-11). Talvez não haja possibilidade maior em nós, se estamos dispostos a seguir e imitar Jesus, do que a atitude de servir. Nela nossa pequenez não atrapalha. Nem nossa incompetência, nem nossa fraqueza, nem nossas limitações. Ao contrário. Tudo coopera. Não se impressione com línguas, profecias, conhecimento, fé grandiosa… impressione-se com o amor, com a capacidade de amar e servir. Pois é isso que impressiona a Deus!

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