Ilhéus completa 482 de história. Nesses quase cinco séculos, a cidade se tornou privilegiada por um acervo arquitetônico e cultural imortalizado nas obras do escritor Jorge Amado. A preservação dessa riqueza histórica tem sido uma preocupação do governo municipal, através da captação de recursos junto ao governo federal e estadual, para a realização de obras que visam a revitalização desses equipamentos.
A recuperação dos prédios históricos beneficiou a Biblioteca Pública Municipal Adonias Filho, cuja obra foi realizada com recursos próprios, a Casa de Cultura de Jorge Amado, através de parceria com o Sebrae, e agora o Teatro Municipal, que será reinaugurado, totalmente modernizado, cuja obra foi possível em virtude de verbas de emendas parlamentares subscritas pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior, com o apoio do Ministério da Cultura.
O secretário de Cultura, Paulo Atto, lembra que ao iniciar a atual administração, realizou levantamentos acerca da situação desses prédios, cumprindo determinação do prefeito Jabes Ribeiro. Ele conta que, de todos os equipamentos, somente o Bataclan, que é administrado pela iniciativa privada, estava em boas condições. “Desde o ônibus Águia da Cultura até o Teatro Municipal não tinham condições de funcionar. Encontramos o Ônibus, por exemplo, trancado numa garagem, sem pneus, e o TMI precisou ser interditado por segurança”.
Segundo informou Atto, a recuperação desses espaços foi iniciada pouco tempo após o início do governo. “Apesar das dificuldades financeiras, no aniversário da cidade, em 2014, devolvemos à comunidade o ônibus Águia da Cultura, em parceria com a empresa de transporte Águia Branca. Além disso, naquele mesmo ano, reformamos o Centro de Cultura de Olivença, que sequer tinha porta, e a Casa de Jorge Amado, que teve seu acervo ampliado, inclusive, com peças doadas pela família do escritor”.
Biblioteca – Já em 2015, também no aniversário da cidade, após cerca de um ano de obras, o prefeito Jabes Ribeiro e o vice-governador João Leão reinauguraram a Biblioteca Municipal Adonias Filho, que funciona no prédio do antigo Colégio General Osório, “cujo equipamento carecia de melhorias em todas as partes, desde o teto, até o piso de madeira e as instalações elétricas”, acrescenta o secretário.
As condições precárias fizeram com que, ainda no governo anterior, o acervo fosse retirado, tendo ficado no prédio somente o arquivo público, que preserva a memória da administração municipal. Com recursos próprios do município, o prefeito Jabes Ribeiro autorizou a reforma da biblioteca, que hoje serve de espaço de leitura, e se consolida como multiuso, contando com auditório, salão para exposições, entre outros. Além disso, com uma campanha de doação de livros lançada em 2015 pela Secult, o acervo de livros foi ampliado de 3 mil para 15 mil exemplares.
Teatro – Interditado por apresentar problemas nas estruturas de metal do teto e por não suportar fortes chuvas, o Teatro Municipal de Ilhéus, espaço que recebeu eventos importantes nas últimas décadas, foi totalmente recuperado e a sua reinauguração integra as comemorações pelo aniversário de 482 anos de fundação do município. O equipamento recebeu melhorias em todos os setores: todas as poltronas foram trocadas, carpete o sistema de climatização foram substituídos. Instalações hidráulicas e elétricas, a pintura e o teto passaram por melhorias. O prédio passou por adaptações para se adequar aos conceitos de acessibilidade.
O Cine Theatro Ilhéus foi construído a partir de 1929 e inaugurado no dia 22 de dezembro de 1932. Ele simbolizou o apogeu da cultura na Bahia, com sessões de cinema e apresentações de companhias teatrais do Brasil e do exterior. Com o passar do tempo, o imponente Cine Theatro transformou-se em ruínas. Décadas se passaram, e o Teatro permaneceu em escombros, mantendo-se apenas as fachadas. No início dos anos 80, um movimento de artistas locais começou a campanha pela reconstrução do Teatro Municipal. Finalmente, em 1983, a campanha pelo teatro foi acolhida no primeiro mandato do prefeito Jabes Ribeiro, que realizou a reconstrução da casa, à época, com recursos próprios do município.
Palácio Paranaguá – A preservação do patrimônio arquitetônico-cultural do município passa também pela transformação do Palácio Paranaguá, que foi sede do Poder Executivo, em um museu que vai memoriar a história da cidade. Nesse intuito, em dezembro de 2015, o prefeito Jabes Ribeiro desocupou o prédio e autorizou a elaboração do projeto criação do Museu da Capitania.
Com a saída dos setores que funcionavam no andar superior, foram realizados os estudos para criação do museu. De acordo com o secretário de Cultura, Paulo Atto, o prédio se encontra em bom estado de conservação e, até o fim do ano, o projeto estará bem adiantado, permitindo à comunidade e aos visitantes desfrutar de um acervo que conte a história da cidade desde os tempos da capitania hereditária.
Secretaria de Comunicação Social – Secom.
Ilhéus, 27.6.16