Auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e uma procuradora-geral do Trabalho resgataram cinco operários alojados em condições subumanas no Ifba de Ilhéus.
Conforme relatório, os operários foram encontrados em um barraco sem água potável, iluminação e ventilação adequada. Também eram obrigados a dormirem no chão e não possuíam local para “realizar, preparar e armazenar as refeições”.
Os trabalhadores, conforme os fiscais e a procuradora do Trabalho, estavam em um alojamento que “sequer tinha porta nos fundos e os trabalhadores dormiam em vigília, com receio da entrada de animais peçonhentos e de estranhos”.
O resgate ocorreu na quarta-feira à noite e foi divulgado pelos dois órgãos nesta sexta, 26. Os operários foram contratados para trabalhar na construção de um ginásio poliesportivo na instituição federal de ensino localizada no quilômetro 13 da rodovia Ilhéus-Itabuna.
Na fiscalização, os auditores Eferson Gomes, Julio Silveira, Ronaldo Trindade e Gerson Pina tiveram o suporte da procuradora do Trabalho Claudia Soares, do Ministério Público do Trabalho em Itabuna. Os cinco operários foram encaminhados à Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Ilhéus.
Claudia Soares considerou “inconcebível que uma empresa que participe de uma licitação pública desenvolva sua atividade econômica e execute uma obra pública em detrimento da dignidade do cidadão-trabalhador”. Entramos em contato com a assessoria do Ministério Público do Trabalho, mas o nome da construtora somente será fornecido após a notificação, prevista para até a próxima segunda, 29.
Encontrados em condições análogas a de trabalho escravo, os operários tiveram os contratos rescindidos indiretamente. A empresa, segundo a MPT, terá que indenizar cada trabalhador resgatado, “a título de dano moral individual”.
Fonte: Pimenta