Ilhéus: Lama e esgoto na rua fazem diretor adiar início das aulas em escola

Situação acontece no Colégio Professor Fábio Araripe Goulart, em Ilhéus.

Aulas começariam nesta segunda (10) e foram adiadas para quarta (12).

Ilhéus: Lama e esgoto na rua fazem diretor adiar início das aulas em escola
Lama e esgoto em frente ao Colégio Professor Araripe Goulart (Foto: Renata Sant’Anna / Arquivo Pessoal)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As aulas na rede estadual de ensino deveriam ter sido iniciadas nesta segunda-feira (10), no entanto, as más condições de acesso à Rua Padre João Borges, no bairro de Teotônio Vilela, na periferia do município de Ilhéus, cidade a 467 quilômetros de Salvador, causaram o adiamento do início do ano letivo no Colégio Professor Fábio Araripe Goulart.

Uma funcionária da equipe administrativa da unidade, Renata Sant’Anna, informou que a direção prorrogou o início das aulas para a quarta-feira (12) devido aos problemas de infraestrutura urbana enfrentados por alunos, diretores e professores. Conforme denúncia, falta de pavimentação e esgoto a céu aberto são ameaças à saúde e à integridade física das pessoas que circulam na região.

Renata Sant’Anna diz que o colégio é cercado por lama. Ela detalha que os alunos têm preferido estudar nas escolas do centro, por causa das dificuldades de acesso. “A escola em si tem uma ótima estrutura. Inclusive, foi reformada recentemente. Entretanto, as más condições de acesso têm afastado os estudantes. O turno da tarde, por exemplo, está sem aulas por causa da falta de alunos”, explicou.

O diretor do colégio, Antônio Pires, disse que trabalha há quatro anos para resolver os problemas, ainda sem resultados satisfatórios. Ele detalha que, no início deste ano, foram iniciadas obras de esgotamento, por meio da Empresa Baiana de Saneamento (Embasa), que acabaram agravando a situação no local. Agora, completa o diretor, o esgoto residencial está chegando à rede pluvial, provocando até mesmo alagamentos em dias de chuva.

“Eu consigo passar porque estou de carro. Mas, quem vai a pé, tem sérias dificuldades de acesso. O colégio, inclusive, tem perdido alunos. Há quatro anos, tínhamos cerca de 900 estudantes. Hoje temos, em média, 460. Quase não tenho mais folêgo para negociar e para pedir [mudanças]”, apontou.

Procurado pela reportagem, o superintendente de obras da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Ednaldo Azevedo, confirmou que as obras realizadas no rua são da Embasa e disse que a empresa tem até o domingo (16) para concluir o trabalho para melhorar o esgotamento sanitário na localidade.

Azevedo disse que procurou a Embasa na tarde desta segunda-feira (10) e que a empresa disse que os serviços da rede esgoto já foram concluídos e que serão entregues na data prevista. Sobre falta de pavimentação no local, que provoca um lamaçal em dias de chuva, ele conta que a prefeitura está fazendo uma programação para realizar o serviço ainda este ano, mas não sabe precisar prazos. Procurada pela reportagem, a Embasa ainda não se posicionou sobre as reclamações.

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