O evento, que atraiu dezenas de pacientes do Caps Adulto e contou com o trabalho de cerca de 50 profissionais de saúde, incluiu palestras, dinâmicas, oficinas, higiene bucal, atualização de cartões de vacina, curso de culinária, beleza pessoal, exposição de materiais e verificação de Pressão Arterial e Glicemia.
Com programação durante todo o dia, a Secretaria de Saúde (Sesau) de Ilhéus, por meio da Diretoria de Alta e Média Complexidade, comemorou nesta terça-feira (19), o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, lembrado em todo o País no dia 18 de maio. O evento, que foi realizado no CAPs (Centro de Atenção Psicossocial) II, na Cidade Nova, das 8h às 17 horas, reuniu palestras, dinâmicas, oficinas, orientações sobre higiene bucal, café da manhã, atualização de cartões de vacina, curso de culinária, beleza pessoal, exposição de materiais e verificação da PA e Glicemia.
De acordo com Fernanda Ludgero, diretora de Alta e Média Complexidade da Sesau, cerca de 50 profissionais de saúde participaram do evento. Entre eles, enfermeiras, fisioterapeutas, dentistas, psicólogos e musicoterapeuta, além de estudantes de psicologia e enfermagem. A iniciativa também foi prestigiada por dezenas de familiares e usuários do CAPs II (Adulto). “A grande proposta deste Dia é conscientizar a população para o fato de que pessoas com algum tipo de transtorno mental, como bipolaridade, hiperatividade e esquizofrenia, devem e podem ser reintegradas à sociedade”, enfatiza a diretora Fernanda Ludgero.
Segundo Joyce Leal, coordenadora da Atenção Psicossocial da Secretaria de Saúde, o Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. “Dentro desta luta, está o combate à idéia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, idéia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental”, explica.
Segundo ela, o Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que, como todo cidadão, estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade e ao direito a viver em sociedade, além da prerrogativa de receber cuidado e tratamento sem que, para isto, tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
Movimento Antimanicomial – Historicamente, o movimento tem como meta a substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos tradicionais por serviços abertos de tratamento e meios de atenção dignos e diversificados, de modo a atender às diferentes formas e momentos em que o sofrimento mental surge e se manifesta.
Esta substituição implica na implantação de uma rede de atenção em saúde mental que deve ser aberta para oferecer resposta aos problemas de saúde mental da população de todas as faixas etárias. Além dos serviços de saúde, esta rede de atenção deve se articular a serviços das áreas de ação social, cidadania, cultura, educação, trabalho e renda, entre outros, além de incluir as ações e recursos diversos da sociedade.
O Movimento da Luta Antimanicomial teve seu início marcado em 1987, em continuidade a ações de luta política na área da saúde pública no Brasil por parte de profissionais que contribuíram na própria constituição do SUS. Em 1987, estabeleceu-se o lema do movimento: “Por uma sociedade sem manicômios”, e o 18 de maio foi definido como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data lembrada, desde então, em todo o país.
Fonte: Ascom da prefeitura