Problema ocorre há quase 3 meses no distrito de Ponta do Ramo.
Dono de bar pediu espaço e cerca de cinquenta crianças estão sem aulas.
Os alunos da Escola Municipal Nucleada Aritaguá, localizada no distrito Ponta do Ramo, no município de Ilhéus, sul da Bahia, estão sem estudar há duas semanas. Eles chegaram a ter aulas em um espaço que faz parte de um bar, mas o proprietário do estabelecimento pediu o espaço e os estudantes estão sem ter onde ter aulas. O problema já tem quase três meses.
A situação ocorre porque a unidade de ensino fundamental, única da localidade, está em condições precárias e não pode abrigar cerca de cinquenta estudantes, entre quatro e doze anos, que moram no distrito. Parte do forro de duas das três salas já cedeu, tem cupins, fios de energia soltos e janelas quebradas na escola. O espaço está nessa situação desde julho deste ano.
Um comerciante chegou a ceder o espaço para que os alunos pudessem continuar estudando de forma improvisada. As crianças estavam na área do bar desde o fim das férias de junho, mas o proprietário pediu o espaço de volta.
“As aulas, segundo a secretaria [de Educação], está programada até fevereiro de 2016. E aí eu tinha o meu espaço para o verão e eu não poderia chegar até fevereiro com esse espaço [ocupado]. Os prejuízos que eu estava tomando aqui, né, com o meu comércio”, disse Manoel Monteiro, dono do bar. Sem a reforma da escola e o espaço no bar, os moradores por conta própria procuraram um novo local para as crianças estudarem.
O local improvisado para funcionamento da escola também precisará passar por um pequena reforma para decidir quando os alunos voltam às aulas. De acordo com a prefeitura, a Secretaria de Infraestrutura garantiu que um engenheiro iria avaliar a casa onde as crianças poderiam estudar enquanto a obra da escola não começa.
Por telefone, a secretária de educação Marlúcia Mendes disse que a prefeitura propôs à comunidade que as crianças fossem levadas pelo ônibus da secretaria à escola da Tulha, próximo da região, mas as mães das crianças não aceitaram a proposta. Segundo Núbia Magalhães, tia de 11 crianças que estudam na Escola Municipal Nucleada Aritaguá, as mães não aceitaram a proposta do ônibus porque não acham segura a estrada onde o veículo faria o trajeto até a escola.
G1, com informações da TV Bahia