É a maior ilha marítima do Brasil e seus 239 quilômetros quadrados de superfície são divididos entre os municípios de Itaparica e de Vera Cruz. A procura de tranquilidade e da “água fina que trasforma velha em menina” dizia João Ubaldo, famoso escritor, morador da ilha, ficava sentado em silêncio, olhando aquele mar azul, ouvia-se, amortecidos, os sons da vizinhança, uma ou outra voz na rua. Quase todas as praias situadas entre a cidade de Itaparica e o povoado de Cacha Prego (ponto extremo da ilha), a maioria tem arrecifes, o que reduz a força das ondas. Quem gosta de pescar pode fisgar um vermelho ou robalos a bordo de um barco.
Pesquisei que a ilha faz parte da história do Brasil. As tropas portuguesas que resistiam a proclamação da independência, foram expulsas do Brasil após a realização de batalhas em Itaparica. Quando o verão longo e quente acaba, os cansados moradores, já começam a pensar nas brisas de outono a margem do oceano. Lá sempre conseguimos encontrar nativos pescando sentados no parapeito e varas de bambu, completamente imóvel, exceto por um tapa ocasional em uma mosca ou mosquito. Na ilha ninguém se preocupa com o tempo; todas descansam numa barraca com uma cerveja, ou em uma rede como se fossem donos dos séculos, como se os minutos equivalessem a horas.
Quando a manhã seguinte aparece, o oceano abri-se radiante a sua frente, perante o grande sol e a distante Salvador cerca o horizonte com suas linhas azuis, e arranha céus. A vista é impressionante de Barra Grande, e uma grande mudança para quem veraneia. Parece renascer para uma nova vida e uma nova linha de raciocínio, no momento em que olha para o novo cenário, como uma confusa sensação de que de repente haver perdido a familiaridade com o seu passado, sem adquirir nenhum tipo de ideia clara sobre o presente ou futuro. Circunstâncias que aconteceram há apenas alguns dias seriam dissolvidas na mente, como se tivessem acontecido há muitos meses, isto é viver ou veraneia em Itaparica.