“Nele vocês também estão sendo juntamente edificados, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.” (Efésios 2.22)
Nosso cristianismo, ou vida cristã, deveria ser uma expressão fiel da fé cristã, a fé ensinada por Jesus e que os apóstolos procuraram discernir dentro de seu tempo e contexto. Mas, infelizmente, isso não é algo que acontece por acaso e o que vemos no “mercado cristão” é de impressionar! Há muitos evangélicos que nada tem a ver com o Evangelho e cristianismos que estão longe de ser, sequer uma aproximação, ainda que tímida, da fé cristã. Há pessoas crendo coisas erradas sobre Deus e vivendo intensa e comprometidamente sua fé equivocada. E há pessoas crendo coisas certas sobre Deus, mas vivendo de maneira tímida e desinteressada sua fé inequívoca de que tanto se orgulha. Duas formas diferentes de adoecimento cristão.
Ao longo do capítulo dois desta carta, Paulo vem enfatizando a centralidade e suficiência de Cristo. Ele é a pedra angular, o supremo pastor, o fundamento e cabeça das pessoas unidas pela fé nele – a igreja. Não se trata de um ajuntamento de pessoas para realizar uma liturgia apenas ou para, no mesmo lugar, cada um buscar com a maior intensidade seus próprios sonhos e desejos egoístas. Mas pessoas reunidas em amor, para se conhecerem, se relacionarem e se edificarem mutuamente, enquanto são por Deus edificadas. Para aprenderem a crer e superar equívocos, servindo de exemplo de fé a outros. A presença de Deus pelo Espírito Santo é o que torna viva, de fato, a igreja.
Graças a Deus, em meio a tantos desvios, há igrejas de Cristo por aí. Elas são de vários estilos e tamanhos, condição financeira e estrutura material. O que importa é o quanto o Espírito de Deus está presente para edifica-las. As marcas de sua autenticidade não são coisa alguma, senão amor, fé e esperança que une, fortalece e pacifica. Deus nos salva e nos envolve, com Ele mesmo e com outros, para que imitemos na vida os próprios atos divinos de servir, amar e doar-se. Para que a mão de Deus, que ninguém vê, seja vista em suas mãos e nas minhas, quando verdadeiramente agirmos em nome de Deus.