![Ibirapuã trava luta contra expansão do plantio de eucalipto em seu território Ibirapuã trava luta contra expansão do plantio de eucalipto em seu território](https://i0.wp.com/osollo.com.br/wp-content/uploads/2018/06/01-13.jpg?resize=696%2C464&ssl=1)
A cidade de Ibirapuã está se organizando com o objetivo de implementar ações a fim de frear a expansão do plantio de eucalipto em seu território, pois, segundo Vinícius Chácara, secretário de Agropecuária e Meio Ambiente, “quando se fala em expansão abrange uma área de terra muito grande, e o problema todo é o desemprego”. Ele explica que ao se plantar o eucalipto ocorre o êxodo rural, pois, as pessoas que viviam da agricultura veem-se sem suas terras e, consequentemente, sem meios de sobrevivência, migrando do campo para a cidade, onde, por falta de especialização, muitas vezes, entram para a estatística do desemprego.
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Na tentativa de se pensar soluções sobre o tema, aconteceu na última terça-feira, 26 de junho, em Ibirapuã, uma reunião com os representantes de classe, sindicatos, associações de bairros, professores, vereadores, organizada pela Secretaria de Agropecuária e Meio Ambiente.
Na oportunidade, foi definido o dia ”D”, que acontecerá em 17 de agosto, para um movimento com a sociedade rural, comércio, sindicatos, representantes de classe, professores, vereadores. A ideia é que neste dia o povo vá para as ruas de Ibirapuã protestar contra a expansão do plantio de eucalipto.
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O secretário Vinícius Chácara informou que além das áreas plantadas, há no município mais de “18 mil hectares de terras de eucalipto não plantadas, mas de propriedade de empresas de eucalipto, e nós não temos no município mais de 10 funcionários no setor”, e completa: “Nossa preocupação é com isso, com o meio ambiente, com o social, devem muito sobre isso, o que pregaram há 20 anos sobre o social não está acontecendo”, afirma Vinícius Chácara.
Vinícius foi enfático: “Somos totalmente contra. Apoiaremos a sociedade, que estará junto com a gente nas ações, na área de educação. Ibirapuã não consegue mais encaixar o plantio de eucalipto”. O secretário, titular também do meio ambiente, resumiu durante a reunião que a “preocupação nossa é geração de emprego, preservação ambiental e o lado social”.
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Quanto à geração de emprego e renda, para Vinícius, Ibirapuã precisa de diversidade, de mais empresas como “a usina de álcool, que é uma geração de emprego espetacular, a Belo Fruit, uma das maiores exportadoras de mamão do país e está aqui, a Davaca, um exemplo, diferenciada, uma das maiores empresas do Norte/Nordeste”. Conforme o secretário, a sociedade está unida no objetivo de “defender o município por meio de ações, manifestações para que possamos coibir mais o plantio de eucalipto no município”.
O presidente do Sindicato de Produtores Rurais, Antônio Pinho, também citou as grandes empresas existentes em Ibirapuã, que contribuem de forma exemplar para a economia local. Durante a reunião, ele contou que há 16 anos, junto com a prefeitura, os sindicatos, a população e a Câmara Municipal, se posicionaram contra a expansão do eucalipto, e, agora, retomam a luta, preocupados com o meio ambiente e com a saída das famílias do campo. Nas palavras de Antônio, “são muitos os malefícios que encontramos com a expansão do eucalipto, por exemplo, a população rural nossa diminuiu muito, estamos hoje com a população muito menor por causa do plantio de eucalipto”.
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Pedro Rocha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibirapuã, comentou que “Ibirapuã não precisa de uma cultura só, precisa de várias culturas. Não temos nada contra o cultivo do eucalipto, mas, Ibirapuã precisa diversificar, porque não é só o eucalipto, temos a pecuária, que gera leite, gera centenas de empregos, temos a Agro Unione, empresa que gera vários empregos, e outras empresas, agricultura familiar”.
De acordo com Pedro, “não somos o sindicato, é a sociedade, os agricultores que vendem suas verduras na feira, o fazendeiro que tem sua pecuária, as empresas que sobrevivem dos benefícios que vêm dos agricultores, da cana de açúcar”, que desejam barrar a o plantio de eucalipto na cidade.
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Também presente na reunião, a ex-presidente da Câmara e professora de ibirapuã, Elizabeth Rocha, “Beta”, disse: “Nós não vamos tolerar, não vamos aceitar. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance dentro da legalidade dentro de toda a mobilização da sociedade pra que a gente consiga mais uma vez parar a expansão do plantio de eucalipto no município de Ibirapuã”.
Genivaldo Pires, representante da Associação de Moradores de Ibirapuã, comentou: “Eu acho que o eucalipto para o município é um atraso de vida para o pequeno agricultor”.
O presidente da Câmara de Vereadores de Ibirapuã, Gilmar Oliveira, afirmou que “a Câmara de Ibirapuã vai dizer não a expansão de eucalipto, com certeza, juntamente com o prefeito Calixto, com a Secretaria de Meio Ambiente e todos os órgãos que lutam para o bem-estar da cidade de Ibirapuã”.
O prefeito de Ibirapuã, Calixto Ribeiro, comentou sobre as grandes indústrias de Ibirapuã, as quais geram emprego e renda. Sobre o eucalipto, disse que “não queremos mais plantio de eucalipto, nós temos lutado muito para que não haja expansão de eucalipto”.