Hora de rever a vida

Hora de rever a vida

Valho-me, inicialmente, de Sêneca com seu puxão de orelha: “somos gerados para uma curta existência. Está errado. Não dispomos de pouco tempo, mas desperdiçamos muito. A vida passa e não percebemos o quanto ela avançou. De repente, damo-nos conta de que o tempo que gastamos foi usado de maneira fútil, sem percebermos que nossos dias finais chegam rapidamente, trazidos pela cegueira de darmos valor à coisas que desperdiçam nossa atenção, esta luta diária pela sobrevivência, tudo com o tempo se esvai.

Na curta passagem da vida, confundem-se à distância todos os traços, os que marcam os caminhos da alegria, como os que vêm da tristeza… Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas veem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida. O que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.

João Misael Tavares Lantyer

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