Aconteceu na terça-feira, 08, no auditório da FTC, na cidade de Itapebí uma oficina preparatória para Audiência Pública referente ao Projeto de Ampliação da Fábrica Veracel II, com presença de diretor, coordenador, monitores e técnicos do IMA; diretores, engenheiros, técnicos e jurídico da Veracel Celulose, Associações, Sindicatos, Povos Indigenas, OAB, ONGS, Sociedade Civil, funcionários públicos e representantes dos 10 municípios abrangidos pelo plantio do eucalipto.
Na abertura dos trabalhos, Carlos Cesar Pinho, coordenador de Licenciamento do IMA, fez uma explanação bem detalhada do projeto. Em seguida falou Margareth, coordenadora de Monitoramento da Silvicultura do Eucalipto. Continuando, diversas pessoas se manifestaram e tiveram oportunidade de fazer seus questionamentos.
A oficina pública versou sobre a liberação da ampliação da Veracel. As apresentações, tanto do IMA (Instituto de Meio Ambiente) como da Veracel Celulose, apresentado pelo engenheiro Renato, defenderam a necessidade de ampliação da fábrica e disseram que o impacto ambiental da construção de uma nova unidade seria o mínimo possível, pois, a área já está pronta e é anexa a fábrica já existente, e com isso não haveria movimentação de terras e nem ampliação da área que hoje já está delimitada.
Com a ampliação da fábrica, a produção de celulose, que hoje gira em torno de 1.300.000 (Hum milhão e trezentas mil toneladas), passaria para 2.800.000 (Dois milhões e oitocentas mil toneladas) por ano. Além da necessidade de ampliação das áreas de plantio, já existem mais 07 municípios que também irão plantar eucaliptos para fornecimento à Veracel.
As apresentações foram bem explanadas, documentadas e mostraram que todos os pedidos de licença e autorizações foram feitas, e que haverão benefícios para todos os municípios envolvidos neste pedido. As vozes discordantes foram poucas e os argumentos apresentados contra, não foram convincentes.
Alguns caciques indígenas presentes elogiaram a atuação do Serviço Social que a Veracel presta às comunidades indígenas, e aprovaram esta expansão, pois, mais parcerias terão, e, com certeza, mais benefícios. No que pese a opinião de muitos que são contra a expansão do “deserto verde” na nossa região, os gráficos apresentados mostraram que a Veracel, com 264.000 ha, tem 116.000 há em matas preservadas.
Se considerarmos estes gráficos que nos foi mostrado, através de “slides”, vimos que a obrigatoriedade pela legislação ambiental é de preservar 20% da área como de preservação, a Veracel preserva 50%.
Alguns fazendeiros presentes ficaram pasmados, pois, era uma coisa que eles não sabiam, e que através desta oficina ficou patente. Não cremos que vá haver empecilho para que esta aprovação seja concretizada. Independente do malefício que por ventura o plantio do eucalipto venha a nos causar, cremos que os benefícios serão suficientes para amenizar isto, e, se houver pedidos organizados de parceria com esta empresa, muito teremos e lucraremos, pois ela continuará a ser uma parceira de peso.
Em resumo: não vemos o porquê da não aprovação e cremos que não há porquê não se fazê-lo.
Fonte: Jose Carlos Assmar e Antônio Gomes