Hoje

Hoje

Voltamos a estaca zero, mas não o mesmo zero, um zero carregado com dois milhões e quinhentas mil mortes no mundo, talvez a escuridão se compare ao 11 de setembro de 2001, mas hoje o medo não é o terrorismo mas o outro, aquele que é seu familiar, seu amigo, o terrorismo é localizado, a pandemia não, você só pode fugir dela pela vacina, não  existe bola de cristal para prever o amanhã mas hoje sei o futuro que vivo após o 11 de setembro, segurança reforçada, protocolos nos aeroportos, a vida revelada em arquivos policiais, mas o vírus trouxe silencio e isolamento para muitos, trouxe elitismo já que a minoria tem aparatos tecnológicos para home office ou viver neste mundo paralelo digital, a ignorância vai aumentar devido ao longo período sem a presença em sala de aula, o radicalismo também, já que de longe todos somos mais corajosos, veja o caso do deputado Daniel Silveira, ele falaria o que falou na frente dos ministros?

Depois da gripe espanhola o mundo se renovou, muitos morreram ali, muitos nasceram também e acredito que pessoas normais, foram normais ainda após este buraco no viver, mas o que fica para quem fica é a certeza da incerteza do viver, ainda bem que a escrita,  este bálsamo que torna mais leve a existência, tem marcado a trilha do meu pensamento com promissores sinais de conhecimento. Li bastante para formar uma imagem do momento atual. Ser testemunha significa estar passando pelo momento mais duro dos últimos cem anos. O que isso quer dizer realmente? Que o tempo das reflexões meditativas e das definições aprendidas será depois, agora vivo a verdade como realidade consciente, verdade como um ponto de vista. O alívio ainda não chegou nas minhas veias pela vacina, mas quando chegar eu o seguirei para todos os lugares mas não mais para o abismo da pandemia.

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