Alternativa que favorece menor custo e maior eficiência energética, o câmbio CVT se destaca no mercado em comparação com aos automáticos tradicionais com mais marchas.
Apesar da afirmativa, usuários relatam ocorrer o contrário. Mas por quê? Geralmente, a reposta está no manuseio incorreto.
Em reportagem do UOL Carros, o diretor do Simpósio de Powertrain da SAE Brasil, Claudio Castro, diz que as polias se movimentam para criar o mesmo efeito de relação de marchas proporcionado por outros câmbios, inclusive os manuais, sempre para buscar a entrega de torque adequada para determinada velocidade.
“A médio prazo, o CVT vai predominar na maior parte dos carros à venda, com exceção de modelos maiores e de alta potência. Dá para dizer que, provavelmente, você um dia terá um carro com essa transmissão”, relata.
O texto aponta os possíveis erros praticados:
1- O delay
Ou, melhor dizendo, ignorar as características do veículo que adquiriu. O câmbio CVT é capaz de acelerar o carro sem subir os giros do motor, mudando a velocidade através das polias.
“Por conta disso, o carro é mais anestesiado, ou seja, tem um delay no tempo de resposta do acelerador. O motorista desavisado pode acabar pisando mais forte e, nessa hora, outra função do CVT é acionada: a que interpreta que o motorista está em uma situação de risco e precisa de mais torque, aumentando os giros e consumindo mais combustível”.
Assim, a aceleração de um carro com câmbio CVT deve ser suave e gradual, sem “pisar forte”, não havendo necessidade.
2- Sempre no S
A função S, representando esporte no câmbio, diminui o tempo de resposta do acelerador e trabalha com giros mais altos, sendo indicada para ultrapassagens mais apertadas.
Porém, olhando o consumo, melhor usar a função econômica, ou normal, identificada pelo D na alavanca.
3- Câmbio no L
A função L, ou Low, muitas vezes é acionada por engano, por inexperientes. Pode ser uma aliada quando o carro está muito carregado, por exemplo. No entanto, vai comprometer o seu consumo se usar sempre.
4- Afundar o pé nas arrancadas
“Pisar fundo” eleva os giros do sistema e faz um estrago na sua média de consumo.
5- Interpretação do ruído do motor
É normal que o motor emita mais barulho do que de costume, mas não quer dizer que ele esteja sofrendo.
“Por instinto, o condutor pode acabar apertando mais o pedal para ter mais torque e potência, mas é um erro que só faz o carro consumir mais. O correto é se adaptar a um carro mais sonoro, desde que o barulho não ultrapasse os limites da normalidade”, diz Moraes Júnior.
Com informações: UOL Carros