Guaratinga: Dona de casa acusa PM de agressão em abordagem por som alto

 

‘Eles me pegaram, puxaram meu cabelo e me colocaram na viatura’, diz.

PMs negam e Polícia Civil diz que aguarda resultado de exame na vítima.

Guaratinga: Dona de casa acusa PM de agressão em abordagem por som alto
Dona de casa afirma que foi agredida por policiais (Foto: Estevão Silva / Guarananet.com)
Uma dona de casa de 28 anos afirma que foi agredida por três policiais militares durante abordagem em Guaratinga, no extremo sul da Bahia, após os PMs receberem denúncia de que ela estaria incomodando os vizinhos com som alto em casa. A Polícia Civil investiga o caso e a Polícia Militar abriu inquérito para apurar a ação dos policiais.

O caso ocorreu no dia 26 de novembro, mas somente na segunda-feira (1º) foi registrado na delegacia da cidade. Segundo Gildete Santos Almeida, ela foi agredida após os policiais chegaram à residência dela para atender a denúncia de som alto.

“Chegaram mandando baixar o som e eu baixei. Mas eles me pegaram, puxaram meu cabelo, bateram e me colocaram na viatura”, relatou a dona de casa.

Segundo o major da PM Cleber Silva, os policiais negam que tenha havido agressão. “Houve um pedido por parte da comunidade, no sentido da poluição sonora na casa dela. Então, os policiais foram lá e pediram que baixasse. Depois que resolveu, o pessoal retornou, mas o som voltou. Pediram novamente que o pessoal fosse lá e quando chegaram, ela se alterou, resistiu, não quis obedecer e os policiais tiveram que fazer essa interveção, imobilizar ela. Quando foi na segunda-feira, ela alegou que teve um problema de saúde por conta dessa intervenção. Os policiais afirmam que não houve agressão, que não deram murro no rosto dela”, afirma o major.

Cleber Silva conta ainda que os policiais não têm histórico de agressão. “Eles são ótimos policiais, bons profissionais. Mas eu instaurei inquérito policial militar para justamente apurar a conduta e saber se houve excesso, se extrapolaram”, disse.

O delegado da Polícia Civil Sonézio Júnior, que investiga o caso, afirma que até esta quarta-feira (3) nenhuma testemunha confirmou a versão da dona de casa. “As testemunhas que ouvimos, até então, dizem que os policiais foram até o local e encontraram ela embriagada. Pediram para baixar, mas ela disse que não baixava. Então conduziram ela usando a força necessária. Pedi a ela [Gildete] que apresentasse as testemunhas que ela disse que viram a agressão, mas ela não fez isso até agora”, afirmou o delegado.

Segundo Sonézio Júnior, a polícia aguarda agora o resultado do exame de corpo de delito realizado pela dona de casa. A previsão é de que o laudo seja divulgado em 20 dias.

 

 

 

Fonte: G1

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