Grupo São Luiz utiliza drones para reflorestar áreas da Mata Atlântica

Grupo São Luiz utiliza drones para reflorestar áreas da Mata Atlântica
Meta é plantar árvores nativas da Mata Atlântica: combate às mudanças climáticas – Foto: Pedro Abreu

O grupo São Luiz foi pioneiro no cultivo da cana de açúcar e produção de etanol no extremo sul da Bahia, região antes dominada pela pecuária. Agora, por meio da Usina Santa Cruz, localizada a 75 quilômetros de Porto Seguro, é precursor, também, no uso de alta tecnologia em reflorestamento de áreas degradadas nessa região.

Em parceria com a startup franco-brasileira Morfo, a empresa São Luiz está acelerando a meta de plantar um milhão de árvores nativas da Mata Atlântica dentro de um projeto de combate às mudanças climáticas. A metodologia única da Morfo une inteligência artificial e engenharia florestal e faz uso de drones para reconhecimento do solo, semeadura de espécies e monitoramento da evolução da nova floresta. “O setor sucroenergético, embora secular, vem se destacando pelo uso da alta tecnologia. Agora estamos encampando a inovação também nas áreas de restauração”, diz Marcos Antônio Costa Lemos, relações institucionais do Grupo São Luiz.

Com a participação da Morfo a companhia também fica isenta dos custos de reflorestamento. A startup entra como financiadora da empreitada através da pré-venda de parte dos créditos de carbono que serão gerados pela futura floresta. Com isso, cobre os próprios custos e também o de parceiros locais, essenciais para o desenvolvimento do projeto. No extremo sul da Bahia, tem a coparticipação do Grupo Ambiental Natureza Bela, que atua há mais de 20 anos na recuperação da Mata Atlântica na região. “Com a parceria, nós somamos forças para encontrar a maneira mais eficaz de restituir a vegetação nativa”, diz Grégory Maitre, CEO da Morfo no Brasil.

A área total a ser restaurada na primeira conta com 55 hectares e foi exaurida pela pecuária, mas é difícil para quem não é do ramo identificar a improdutividade do terreno. Isso porque, em grande parte do campo, a terra está coberta de verde: é a braquiária, gramínea invasora útil no manejo do gado, porém altamente competitiva pela água do solo, inviabilizando o crescimento de outras espécies.

Uma das dificuldades que a braquiária impõe na restauração é a necessidade de preparo do solo, com a retirada das gramíneas e revirada da terra. Buscando alternativas para essa fase, a Morfo e a Natureza Bela, dividiram 14 hectares em subáreas para aplicar métodos diferentes em cada uma delas e estabelecer um protocolo eficiente para os 41 hectares restantes. Enquanto o grupo ambiental entra com o plantio manual de mudas, a startup dispersa por drone sementes já germinadas envoltas em uma cápsula protetora com nutrientes. Juntas, as duas equipes buscam reduzir o tempo de reflorestamento para atingir uma maior área.

Para contribuir com a preservação e conservação da Mata Atlântica dentro dos corredores ecológicos, a empresa optou por investir somente em espécies nativas. “Toda atividade ligada ao agronegócio sabe que só há perenidade quando há proteção do meio ambiente no entorno das áreas de produção. A sustentabilidade econômica está diretamente ligada à responsabilidade ambiental”, completa Luiz Carlos Queiroga, presidente do grupo São Luiz.

Fonte: Desafio Ambiental

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