“Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Romanos 5.20)
O que é a graça de Deus? Ela é algo que ultrapassa nossa capacidade de compreender, embora seja possível a nós formular definições que procurem expressar seu significado. Ela é resultado de um amor perfeito, incondicional e sem paralelo, oferecido por Deus a nós. Um amor que não falha, mesmo em circunstâncias nas quais até o amor de uma mãe possa falhar. Um amor eterno, do princípio ao fim o mesmo, que nos é ofertado sem que possamos fazer qualquer coisa para merece-lo e apesar de tudo que tenhamos feito para não merece-lo. O amor de Deus é a fonte da graça inexplicável e incompreensível.
O amor e graça se encontram definitivamente em Deus. A graça de Deus é amorosa e o amor de Deus é gracioso. Em seu amor cheio de graça Deus está o tempo todo trabalhando para nos levar para si, para nos ensinar a viver, para nos perdoar os pecados e nos curar a alma. Só Ele sabe como a graça faz sentido na vida de cada um de nós e assim a manifesta. Ele não a manifesta como desejamos, mas como precisamos. Ela nunca falta, ela jamais é inoperante. Mas nós abusamos da graça em lugar de valoriza-la. Nos apegamos a pecados em lugar de abandoná-los. Não reconhecemos a liberdade que a graça nos dá e voltamos para a cela que o pecado nos oferece, ávidos pelo prazer que ele usa como isca.
Se houvesse em nossa vida dois medidores, um indicando o nível de pecados em nossa alma e o outro indicando o nível da graça que Deus nos oferece, veríamos o que Paulo escreveu: os maiores níveis de pecado seriam acompanhados por níveis ainda maiores de graça. Não podemos ver esses indicadores, mas podemos crer no amor gracioso de Deus. E de tal maneira crer e abraçar esse abraço da graça de Deus que sejamos capazes de pecar menos, nos satisfazer mais em Deus e nos alegrar em Sua presença. Recebendo diariamente desta graça devemos aprender a ser graciosos. E o seremos, se formos amorosos.