“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão; antes, trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo.” (1 Coríntios 15.10)
A graça de Deus é um convite a ação, pois o amor inspirado por Deus não é do tipo platônico, que fica de longe e sonha. É um amor que se declara em atitudes amorosas. A graça de Deus nos faz agir para a glória de Deus. Ela nos capacita para o serviço cristão. Nossos dons e talentos passam a ser fonte de benção e não apenas de lucro! Uma comunidade cristã é tão relevante quanto o serviço que cada um de seus membros realiza, impulsionados pela graça. Não se tratam de eventos, que cansam, esgotam e por fim produzem pessoas que se esqueceram de si mesmas e de suas famílias de tão ocupadas que ficaram com a agenda religiosa. A graça produz outro tipo de movimento.
A graça nos leva a cuidar, a partilhar, a contribuir, a tomar parte do que é de interesse comum e não apenas do que nos interessa particularmente. A graça nos ajuda reconhecer o valor da contribuição dos outros, que não poderíamos ou saberíamos dar, sejam diferentes das nossas ou parecidas. A graça nos ajuda a não desanimar diante dos obstáculos e, especialmente, a não abrigar no coração o desejo de reconhecimento que compromete a entrega total da honra ao Cordeiro de Deus, a quem tudo pertence. A graça torna as cargas compartilhadas, pois torna-nos todos cooperadores.
A graça esta realizando um movimento na história. Há muitos movimentos sem graça, mas ela também tem realizado os seus. Precisamos refletir se temos sido parte destes movimentos divinos entre nós. Somente seguindo o fluxo da graça é que seremos agentes do Reino de Deus. Fora dele, estaremos sob o risco de trabalhar para nosso próprio reino e nos tornar vítimas dele. Que a graça de Deus prevaleça, que Seu amor nos envolva e que sejamos frutíferos, persistentes, trabalhando com dedicação, movidos pela mesma graça que moveu o apóstolo.