Apesar de pressão da oposição, matéria não entra na pauta da Câmara
A falta de entendimento entre a Presidência da Câmara, os líderes partidários e o governo sobre a data para votação da Emenda 29 irritou o deputado Fábio Souto (DEM/BA). Embora várias siglas queiram pautar a matéria, as ordens do Palácio do Planalto são de apreciar apenas Medidas Provisórias e adiar propostas polêmicas. Segundo o parlamentar, isso é prejudicial para as necessidades da população brasileira e para a democracia do país, uma vez que são atendidas apenas demandas e os interesses de quem está no poder.
“As vontades do povo e da oposição são totalmente ignoradas. O Brasil inteiro pede a votação da Emenda 29, mas o governo insiste em protelar a apreciação da matéria e governa por Medida Provisória. Esse comportamento prejudica o andamento dos trabalhos no Congresso e deixa projetos importantes e extremamente benéficos para a sociedade engavetados”, reclamou Souto.
Em discurso, Souto cobrou a inclusão na Ordem do Dia da Emenda 29. Para ele, a proposta contribui substancialmente para a melhoria da rede pública de saúde no Brasil e pode ajudar a salvar vidas. “A matéria vai ajudar a acabar com o caos da saúde pública e a angariar recursos para essa área tão carente. Vamos dar um voto de confiança àqueles que dependem essencialmente desse serviço para sobreviver. Vamos lutar por maior qualidade de vida para a população brasileira, por melhores estruturas dos hospitais e postos de saúde, por atendimento de excelência, por salários justos aos profissionais da área”, enfatizou.
Não houve acordo quanto à data para votação da Emenda 29 na reunião de líderes na tarde dessa quarta-feira, 24 de agosto. A causa, novamente, foi o posicionamento da base governista, que alega contrariedade à matéria de alguns Estados e a necessidade de ajustes no texto.
Fonte: Ascom de deputado Fábio Souto