Governo e pecuaristas comemoram reconhecimento internacional do fim da Zona Tampão

O fim da Zona Tampão na Bahia tem agora reconhecimento internacional. O reconhecimento dessa área como Zona de Proteção foi divulgado oficialmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), durante a 79ª Assembléia Geral de Delegados da OIE, realizada em Paris, no dia 27 de maio último. O anúncio do reconhecimento está sendo um dos fatos mais marcantes da Bahia Farm Show, feira de tecnologia que acontece em Luis Eduardo Magalhães até este sábado, (4), foi destaque na fala do governador, na abertura do evento, e está sendo comemorada pelos pecuaristas dos oito municípios que sofriam restrições com a Zona Tampão.

A Bahia já havia conquistado o status de livre de aftosa com vacinação da Zona de Proteção desde a publicação da Instrução Normativa nº 45, de 28 de dezembro de 2010, pelo Ministério da Agricultura. “Mas com o aval internacional e a resolução da OIE, os pecuaristas da Zona de Proteção agora passam a ter o mesmo status sanitário em todo o território nacional, sem restrições quanto ao comércio em qualquer parte do mundo”, destaca o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, lembrando que a economia dos municípios da Zona de Proteção será aquecida, com a valorização das terras e dos rebanhos, gerando empregos e renda.

Os oito municípios baianos que compõem a Zona de Proteção são Casa Nova, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Buritirama, Mansidão, Santa Rita de Cássia e Formosa do Rio Preto”, com cerca de 10 mil criadores e um rebanho de aproximadamente 255 mil cabeças.

De acordo com o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária, Adab, Paulo Emílio Torres, a atenção com o trânsito de animais e a vigilância entre os estados com risco médio e os municípios declarados como livres será contínua. “Vamos manter um sistema diferenciado de fiscalização e vigilância na Zona de Proteção para proteger o negócio pecuário baiano”, ressalta o diretor, lembrando que essa área preserva todos os estados do Brasil – consideradas livres da doença com e sem vacinação (Santa Catarina) pela OIE  de áreas de divisa com estados que têm status sanitário inferior, como Pernambuco, Piauí, Maranhão e Amazonas.

“A Bahia faz defesa agropecuária por entender que o patrimônio pecuário baiano estimula o desenvolvimento de outros setores econômicos no Brasil e no mundo”, destaca o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, ressaltando que as atividades de defesa da Adab passam por auditorias para estar em conformidade com as determinações do Ministério da Agricultura.

Hoje, 15 unidades da federação são reconhecidas pela OIE como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detêm esse status a região Centro-Sul do Pará e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas.

O Ministério da Agricultura reconhece como risco médio de febre aftosa os estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e a região Centro-Norte do Pará. Em alto risco encontram-se Roraima, Amapá e as demais áreas do Estado do Amazonas. O Estado de Santa Catarina é considerado pela OIE como livre da doença sem vacinação.

A OIE reconheceu também as Zonas de Proteção dos estados de Tocantins e Rondônia. No Tocantins, os municípios são da Zona de Proteção são Barra do Ouro, Campos Lindos, Goiatins, Lizarda, Mateiros, Recursolândia e São Felix do Tocantins, onde o rebanho está estimado em 133,6 mil cabeças. Já em Rondônia, a zona inclui o norte de Porto Velho e parte dos municípios de Canutama e Lábrea, localizados no estado do Amazonas.

Fonte: Ascom da Seagri

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