Governador Jaques Wagner comenta licença prévia do Ibama para o Porto Sul

Mudança de local já foi feita para atender uma exigência do Ibama.

Jaques Wagner falou sobre o assunto em coletiva realizada em Salvador

O governador da Bahia, Jaques Wagner, concedeu entrevista coletiva sobre a construção do Porto Sul na tarde desta segunda-feira (19), na sede da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

A licença prévia do empreendimento foi expedida pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na quarta-feira (14). O Porto Sul será construído no distrito de Aritaguá, em Ilhéus, no sul da Bahia. O projeto inicial previa que as obras começassem na Ponta da Tulha, também no litoral de Ilhéus, mas o local foi mudado após exigências do Ibama.

O investimento previsto por parte do governo é de R$ 2,5 bilhões e R$ 1 bilhão da iniciativa privada (Bahia Mineração-Bamin) totalizando R$ 3,5 bilhões. O complexo portuário tem a finalidade de escoar minério de ferro, clínquer, soja, etanol, fertilizantes e outros granéis sólidos.

De acordo com o governo, a licença prévia do Ibama ainda não permite que as obras sejam iniciadas, mas certifica que o empreendimento existe e garante o desenvolvimento do projeto, além de estipular cerca de 40 condicionantes que devem ser cumpridas para que a licença de instalação do Porto Sul seja emitida pelo órgão ambiental. A licença prévia tem validade de dois anos e é renovável por igual período. Não há previsão de quando o documento definitivo será emitido.

Na coletiva, o governador do estado informou que entre as exigências do Ibama estavam o deslocamento da área antes do início das obras. “A primeira delas [exigências] foi descer 5 km em direção a Ilhéus, o que, no entendimento do Ibama, teria um impacto ambiental inferior do que o ponto inicial. Além dessa, são 39 condicionantes que são coisas normais de uma licença prévia. A licença é, na verdade, um conjunto de normativas que diz: ‘o porto é possível, está aqui a licença para vocês começarem a instalação. Agora, tanto a iniciativa privada, no terminal de uso privativo, quanto nós, do Governo do Estado, vamos desenvolver o projeto, começar o processo de instalação e, eu creio, que até 2015 a gente ja pode ter o porto operando”, afirmou Jaques Wagner.

Entre as condicionantes apresentadas na licença prévia do Ibama estão itens como “programa de apoio à contratação de mão de obra local”, “programa de auditoria ambiental”, “programa de compensação ambiental”, “programa de compensação da atividade pesqueira”, “programa de controle de erosão e assoreamento”, entre outras.

Investimentos

O secretário Rui Costa explicou que o Porto Sul será dividido em duas partes. Uma privada e a outra pública. O porto privado será adminstrado pela Bahia Mineração (Bamin). A parte pública vai reunir investimentos de cerca de 12 empresas.

De acordo com o secretário, a verba pública será direcionada a investimentos acessórios. “São obras complementares, como vias de acesso ao porto, uma reserva ambiental que implanteramos e investimentos na área social para a população que será afetada pelo porto”, disse.

Polêmica

A construção do Porto Sul já esteve no centro de uma polêmica. De um lado, os que consideram o empreendimento importante para a economia local e do outro, grupos que viam o projeto como uma ameaça ao meio ambiente da região.

Ano passado, ONGs e moradores fizeram manifestações em defesa da área de mata atlântica. O local é rico em biodiversidade. Abriga árvores nativas e animais em extinção. A construção do empreendimento também foi tema de audiências públicas.

 

Fonte: G1, com informações da TV Bahia

 

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